Cidade
Proibição de partos pode afetar Hospital da Colônia Nova
No dia 17 de abril, a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) fará uma reunião para tratar sobre a resolução que proíbe que hospitais de pequenas e médias cidades possam realizar partos. Na região apenas o Hospital da Colônia Nova pode ser prejudicado com a resolução, porque, pela proposta do governo gaúcho, as instituições que realizam menos de 365 partos por ano terão que deixar de prestar o serviço, que devem se absorvidos por grandes hospitais da região. Em 2016 a instituição de saúde fez em torno de 100 partos.
De acordo com informações da Famurs, a determinação pode afetar mais de 100 municípios gaúchos que possuem pronto-atendimentos e hospitais de pequeno e médio porte que realizam esse serviço. Se for aprovada, a medida entra em vigor imediatamente.
Conforme o administrador do Hospital da Colônia Nova, Leandro Boschmann, a instituição não recebeu nenhuma posição oficial do governo do Estado, e por isso não irá se manifestar sobre o tema. O prefeito de Aceguá, Gerhard Martens, também não foi informado pela Famurs, mas afirma que irá defender a instituição. O chefe do Executivo disse que em outra ocasião, quando integrava a equipe do hospital, já houve uma situação semelhante de encerrar o serviço, mas foi postergado.
Para o presidente da Famurs, Luciano Pinto, haverá um prejuízo para os pacientes e para as prefeituras. "Essa resolução irá provocar um grande impacto econômico e social para os municípios gaúchos", critica.
Entre as consequências negativas do projeto, estão o risco para as gestantes durante o transporte, o aumento da ambulancioterapia (transporte de pacientes para municípios maiores), a elevação dos gastos das prefeituras com diárias e prejuízo na relação entre paciente e médico. Além disso, tira o direito de a mãe ter o filho na sua cidade e impede que o parto seja feito pelo mesmo médico que acompanhou todo o pré-natal da gestante.