Fogo Cruzado
Mina de carvão de Candiota recebe financiamento
A empresa Seival Sul Mineração assinou, ontem, contrato de financiamento com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), no valor de R$ 31,5 milhões, para implantação da unidade de extração e beneficiamento de carvão da mina do Seival, em Candiota. "Estamos estimulando a geração de energia no País. É um ato significativo na movimentação econômica neste momento tão difícil para o Brasil", avaliou o diretor-presidente do BRDE, Odacir Klein.
O empreendimento não tem relação com a Companhia Riograndense de Mineração (CRM), que pode ser privatizada. Para o governador José Ivo Sartori, do PMDB, 'o Estado tem que ser um facilitador para quem quer investir e auxiliar o Rio Grande do Sul a crescer'. "Este passo que damos hoje representa muito mais que um investimento, mas a valorização de uma riqueza, de uma matéria-prima que gera emprego e renda para inúmeras regiões", destacou.
O secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, adiantou que o governo trabalha em perspectivas para o setor. "Comemoramos uma grande conquista, porém, já olhamos para o futuro. Estamos desenvolvendo programas e ações para melhorar o aproveitamento do carvão, pois estes são alguns fatores que auxiliarão o Estado a voltar a crescer economicamente", afirmou.
Projeto
A Seival Sul tem participação acionária da Copelmi Mineração (70%), que detém 80% do mercado privado de carvão industrial do País, e da Eneva S.A. (30%). A mina de Candiota terá capacidade de produção de 2,8 milhões de toneladas por ano. Estima-se que o empreendimento, estimado em R$ 86,3 milhões, contemplando a implantação da unidade de extração e beneficiamento, deve gerar aproximadamente 217 empregos diretos.
O financiamento integra um investimento total de R$ 86,32 milhões. O presidente da Seival Sul, César Weinschenck de Faria, destacou que a unidade vai aumentar a qualidade da produção de carvão. "Nosso foco é utilizá-lo da melhor maneira, e isso será possível com a ampliação dos trabalhos", explicou.
O minério extraído na mina do Seival será destinado à operação da Usina Termelétrica Pampa Sul I, de propriedade da Engie Brasil Energia, que terá capacidade de 340 megawatts. A usina está classificada como tecnologia limpa do carvão por utilizar caldeira do tipo leito fluidizado circulante, o que resulta em menores emissões de poluentes. O início da operação comercial está previsto para janeiro de 2019.