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Audiência em Brasília debate alternativas contra o fechamento da Fase B em Candiota
Hoje, a partir das 11h, o fechamento da Fase B da Usina Termelétrica Presidente Médici, de Candiota, será debatido em Brasília. Uma reunião com representantes do Ministério de Minas e Energia será realizada a pedido do deputado federal Afonso Hamm (PP), vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Carvão Mineral no Congresso Nacional.
Em entrevista ao Jornal MINUANO, na manhã de ontem, Hamm afirmou que a intenção do encontro é debater, junto aos envolvidos no processo, como representantes do Ministério de Minas e Energia e CGTEE, alternativas que viabilizem a manutenção da usina.
O parlamentar explicou que o anúncio do fechamento da Fase B, no final de fevereiro, foi feito de surpresa, sem que tenha havido qualquer tipo de interlocução em busca de outras alternativas. "Minha posição é clara, ajustes devem ser feitos para diminuir o impacto ambiental, mas o impacto social do fechamento da Fase B é muito maior. Encerrar as atividades da unidade é uma penalização para a região, deixando centenas de pessoas desempregadas", apontou.
Hamm declarou que a intenção do encontro é apresentar um estudo de viabilidade técnica, composto por técnicos da própria empresa, que mostra outras alternativas ao fechamento, até que a unidade seja modernizada ou substituída. "O próprio governo já declarou que pode haver uma crise energética e fecham a Fase B, sem dar nenhuma alternativa. Vai ocasionar um desabastecimento", definiu.
Além disso, o parlamentar se posicionou contra a privatização da Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE). "São medidas que não irão resolver o problema do Rio Grande do Sul e ainda vão penalizar a população daqui", destacou. O prefeito de Candiota, Adriano Castro (PT), deve participar do encontro, assim como o ex-vereador, Caio Ferreira, e o presidente da Câmara de Vereadores de Candiota, Guilherme Barão (PDT), além do presidente do Sindicato dos Mineiros, Wagner Lopes Pinto.
O encerramento das atividades deve-se ao não cumprimento ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado pela Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), que administra a usina de Candiota, junto ao Ibama, que exigia a instalação de um dessulfurizador na unidade. A previsão é de que a outra Fase (Fase A) também encerre as operações até o final deste ano.