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Negociação entre CGTEE e CRM avança com apoio do Ministério de Minas e Energia
Lideranças gaúchas se reuniram, ontem, em Brasília, com representantes do Ministério de Minas e Energia para debater o impasse entre a Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), subsidiária da Eletrobras, sobre a readequação do preço firmado em contrato entre as empresas. A avaliação é de que as negociações avançaram com o apoio da pasta.
CRM e CGTEE estão negociando há quase um ano a quantidade e o preço do carvão explorado na mina de Candiota. Em abril, a CGTEE contratou a Fundação Luiz Englert para avaliar os custos de produção do mineral. Durante a reunião, ontem, o diretor-presidente da CRM, Edivilson Brum, chegou a reforçar que a manutenção da companhia depende do acordo, sustentando que a empresa pode fechar 'por falta de recurso para manter a folha de pagamento'. A senadora Ana Amélia, do PP, lembrou que deve ser avaliado o prejuízo maior: a equalização do contrato ou o fechamento de empresas que têm grandes investimentos em uma área estratégica, que é a energia térmica de carvão mineral, e que diversifica a matriz energética nacional.
Para que qualquer acordo seja homologado, é necessário a aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Por isso, ainda ontem, uma segunda reunião, articulada pelo Ministério de Minas e Energia, foi realizada na Aneel. Como encaminhamento, segundo o presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), Fernando Luiz Zancan, ficou acordado que a Eletrobras deve apresentar uma nota técnica com a justificativa do novo valor. "Existe uma boa vontade geral no sentido de resolver a questão. Este foi um avanço importante", avaliou, ao estimar que uma nova reunião pode ocorrer no final do mês.