Cidade
Regionalização de partos não afeta Aceguá
A proposta de regionalização de partos e nascimentos no Rio Grande do Sul, aprovada na sexta-feira pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), não irá cancelar a realização do procedimento no Hospital da Colônia Nova, em Aceguá. A resolução regionaliza partos para reduzir mortalidade materno-infantil ou sequelas que o tratamento inadequado pode causar nos recém-nascidos.
O Ministério da Saúde considera uma gravidez de alto risco quando existem fatores médicos, ginecológicos ou sociais que aumentem as possibilidades de mortalidade durante a gestação e o parto. As causas que provocam uma gravidez de alto risco são muito variáveis e podem acontecer antes da concepção ou durante o período de gestação. Em geral, 10% das gravidezes são consideradas de alto risco.
Conforme a responsável pelo sistema de informações em saúde da 7ª Coordenadoria Regional de Saúde (7ª CRS), Flávia Marzola da Silveira, os partos habituais que não sejam de alto risco continuaram a ser realizados nos municípios. Ela informa que a Santa Casa de Caridade de Bagé é referência para os partos de alto risco para os municípios de Candiota, Hulha Negra, Dom Pedrito, Caçapava do Sul, Aceguá e Lavras do Sul, que compõe a coordenadoria regional.
Os partos considerados sem complicação (habituais) podem ser realizados em Aceguá, Dom Pedrito, Caçapava do Sul e Bagé. A referência para os nascimentos de Lavras do Sul será Caçapava do Sul. Os de Candiota e Hulha Negra serão realizados em Bagé.
Flávia relata que não haverá grandes mudanças. Ela estima que deverá aumentar três partos mensais em Bagé.
Colônia Nova
De acordo com o prefeito de Aceguá, Gerhard Martens, o município não aderiu à regionalização. Ele conta que, em média, são realizados nove partos por mês e o Estado irá pagar tanto os naturais como as cesarianas, pela tabela do Sistema Único de Saúde. "Continua tudo igual", disse.
Santa Casa de Caridade de Bagé
Segundo a responsável técnica pelo bloco cirúrgico e pela Casa da Gestante da Santa Casa de Caridade de Bagé, Terezinha Ricaldone, a estimativa é de que haja um aumento de 150 partos por ano. Ela salienta que ainda não há definição do valor de incentivo que a instituição de saúde irá receber. "Serão entre 10 e 12 partos a mais por mês", falou.