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Segurança

Bagé é a cidade menos violenta do Estado e a 17ª do Brasil

Publicada em 07/06/2017
Bagé é a cidade menos violenta do Estado e a 17ª do Brasil | Segurança | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Brigada Militar foi um forte componente na prevenção de crimes

Bagé aparece no ranking do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) como a 17ª cidade menos violenta do Brasil e a única do Rio Grande do Sul com menos crimes. A Rainha da Fronteira é a única cidade do Estado que aparece na lista nacional.
Ao contrário está a cidade de Alvorada, na região Metropolitana de Porto Alegre, que faz parte do ranking de maior criminalidade, figurando no 12º lugar do País e primeiro do Estado.   

A pesquisa, que tem o objetivo de apresentar dados sobre a segurança pública, aponta que, em apenas três semanas, são assassinadas, no Brasil, mais pessoas do que o total de mortos em todos os ataques terroristas no mundo nos cinco primeiros meses de 2017, que envolveram 498 atentados, resultando em 3.314 vítimas fatais.

Junto com esta publicação, o instituto também inaugurou o portal eletrônico  http://ipea.gov.br/atlasviolencia/, que surgiu de uma parceria entre o Ipea e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Trata-se de um site para prover indicadores e conteúdo sobre segurança pública, em que o interessado pode obter, de forma rápida e fácil, não apenas séries de dados, mapas e gráficos sobre incidentes violentos, crimes e características do sistema de segurança pública brasileiro, mas, também, conteúdo com inúmeras análises, artigos e vídeos sobre vários temas correlacionados à violência e criminalidade.

Motivo de orgulho

Segundo o titular da 9ª Delegacia Regional de Polícia Civil, delegado Luis Eduardo Benites, estar nesta situação é um orgulho para a comunidade bajeense e é fruto de um longo trabalho de prevenção da polícia. "Redes de apoio têm contribuído para que a nossa região esteja em controle, como os centros de atendimento a crianças, idosos, para mulher e assistências sociais, o que contribuiu para estarmos neste patamar", disse.

Benites destacou que um das situações principais é a questão do número de homicídios. “A Organização das Nações Unidas (Onu) diz que o índice aceitável para número de assassinatos é de 10 por ano, em cidades com 100 mil habitantes. E Bagé tem se mantido na média, o diferencial foi apenas no ano passado, que teve mais, mas geralmente tem se mantido com até menos que 10. Outro diferencial é que se tem elucidação e conseguido denúncias e júris populares, o que não deixa a comunidade com uma sensação de impunidade”, ressaltou.

Outras ações destes últimos anos foi combate ao narcotráfico, com integração entre as polícias. “Coibindo o tráfico de drogas, também prevenimos uma série de outros delitos, pois a maioria é junto”, enfatizou o delegado.

A Polícia Civil realiza ações de combate aos delitos rurais, narcotráfico e redução ao número de homicídios, acrescentou o delegado. “Eu mesmo, me comprometi quando assumi a delegacia regional, a dar prioridade ao combate a estes três tipos de delito e tratamento diferenciado pelas equipes de investigação, pois, apesar de ter aumentado, temos elucidação e com essa atitude fará ainda melhorarmos mais a nossa colocação neste ranking”, acentuou.

O delegado frisou que é um orgulho para toda comunidade, o município estar bem colocado na pesquisa. “Um fator importante para acrescentar é que a maioria dos crimes violentos ocorridos na Rainha da Fronteira são cometidos por cidadãos de fora do município. Um exemplo foi o último assalto à mão armada em uma loja no centro da cidade, em que com a ação rápida de diversos órgãos da segurança pública, os assaltantes foram presos e apenas dois eram moradores de Bagé (que também não eram naturais daqui). Temos um problema com o sistema penitenciário, mas que está em andamento e sendo resolvido aos poucos. Não fomentamos uma cultura de violência e de agressividade, e isso tem um reflexo muito importante, pois deveria ser melhor explorado pelos investidores, pelo comércio e empresas para que venham se instalar aqui, devido ao nosso baixo índice de criminalidade”, complementou o delegado.

Integração faz a diferença

À frente da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) nos últimos cinco anos, o delegado Cristiano Ritta salientou que o que vê como determinante é a integração entre os órgãos de segurança pública de Bagé. “Polícia Civil, Brigada Militar, com o setor de inteligência da BM e a investigação da Defrec, além do apoio do Pelotão de Operações Especiais (POE) é uma integração determinante e muito importante; não vejo essa ligação em nenhuma outra cidade, o que auxilia para uma parte deste resultado. Também temos uma herança cultural boa. Com isso, também destaco a parceria com outros órgãos, como a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Ministério Público”, ressaltou.

A Defrec trabalha com casos que envolvem assaltos, tráfico de drogas, capturas, latrocínios, entre outros crimes de alta violência. Ritta enfatizou o combate ao narcotráfico. “Acredito que o tráfico de entorpecentes é a mola propulsora para a grande maioria dos crimes, então a parcela de contribuição da delegacia especializada, onde nos dedicamos muito, é para este combate. Eu entendo que isto é a prioridade, tentar, da melhor maneira possível, chegarmos aos grandes traficantes, apesar do trabalho de formiguinha, pegando os menores, conseguimos prender os mais fortes”, enfatizou Ritta.

As principais ações da Defrec é o combate seletivo ao crime organizado e o combate ao narcotráfico. “Embora não façamos inquéritos voltados ao homicídio, muitas vezes a prova que elucidamos nas nossas investigações de tráfico irão servir para os crimes de assassinatos e servirão para o júri. Destaco a Operação Lenhador, que prendeu um grande traficante, e, também no ano de 2016, fomos a segunda delegacia com a maior apreensão de crack do Rio Grande do Sul, e isso diminui o fator financeiro, o que diminui a periculosidade dos traficantes, pois sem dinheiro não conseguem ter incremento em armas”, complementou.

Em comparação com outras cidades, o delegado da Defrec considera que o trabalho de polícia, de prevenção e repressão impacta no decréscimo destes números. “Um dos assaltantes da loja no centro da cidade falou na investigação que sabia do risco de ser preso, pois sabia que aqui tinha um alto índice de combate aos crimes”, informou.

Um problema que o delegado apontou é o sucateamento da segurança pública. "É Importante destacar que mesmo com a falta de recursos, parcelamento salarial, falta de efetivo, sucateamento por parte do governo do Estado para a segurança pública, descaso, falta de material de expediente e material de limpeza acabando com a moral dos policiais, a Defrec segue sendo uma das melhores do Estado", disse.

Ritta também relacionou que o alto índice de homicídios do ano passado, que não foi calculado pelo Ipea, que fez a pesquisa com números até 2015, irá fazer com que Bagé, nos próximos anos, não esteja tão bem colocada. “E eu culpo muito a falta de consideração e o sucateamento promovido pelo governo do estado do Rio Grande do Sul nestes dois últimos anos pelo aumento dessa criminalidade”, avalia o titular da Defrec.

Eficácia do sistema de inteligência

O comandante do 6º Regimento de Policia Montada (6º RPMon), tenente-coronel Sérgio Alex Laydner, acrescentou que a colocação de Bagé se deve ao serviço atuante do sistema de inteligência da Brigada Militar. “E também ao profissionalismo do efetivo do policiamento ostensivo e a atuação da Polícia Civil, que vem atuando também com eficiência, ou seja, as polícias trocando informações e agindo conjuntamente contribuíram para este sucesso. A Brigada Militar e Polícia Civil são instituições que, com muita dificuldade, têm dado a sua resposta para a sociedade. Valorizem suas polícias”, destacou o comandante.

O capitão Augusto Porto, da Brigada Militar, também enalteceu que Bagé é a 17ª cidade mais pacífica e que isso não é por acaso, pois há anos os métodos são constantemente inovados sobre prevenção criminal. "A Brigada Militar e a Polícia Civil, unidas, em especial o 1° Esquadrão e a Defrec, são provas de uma integração que dura há alguns anos e surte efeitos surpreendentes. Não se chega a esse patamar por acaso. É preciso anos de trabalho duro, desenvolvimento de métodos e acompanhamento de resultados”, pontuou.

 

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