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Centro de referência em atendimento neonatal realiza cerca de 120 testes do pezinho por mês
O Dia Nacional do Teste do Pezinho, assinalado ontem, faz parte das atividades do Junho Lilás. A data foi criada pelo Ministério da Saúde como forma de chamar a atenção para a importância dos exames de triagem neonatal. Em Bagé não houve atividades alusivas à data.
Responsável pelo laboratório do posto de saúde Camilo Gomes, referência em tratamento neonatal em Bagé, Ana Flávia Floriano comenta que são realizados cerca de 120 testes por mês, entre o 3º e 5º dia dos recém-nascidos. "É um movimento bastante intenso porque as mães já se conscientizaram da importância do teste. Já saem da Santa Casa direto para cá", conta.
Somente no Rio Grande do Sul, em 2016, foram mais de 130 mil exames feitos, o que significa que 95% dos recém-nascidos fizeram a avaliação, a maioria deles gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No mesmo período, em todo o território nacional, mais de 2,3 milhões de recém-nascidos fizeram o teste do pezinho no Brasil. Os testes gratuitos cobrem 76,91% dos nascidos vivos no País.
Com apenas uma gota de sangue retirada do pé do recém-nascido, preferencialmente entre o 3º e o 5º dia de vida, é possível detectar doenças graves que podem interferir no desenvolvimento do bebê, como fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, deficiência de biotinidase e hiperplasia adrenal congênita. Quanto mais cedo as doenças forem identificadas e tratadas, maior a possibilidade de evitar sequelas nas crianças.
Desde 1992, o teste do pezinho se tornou obrigatório em todo o território nacional e hoje está previsto no Programa Nacional de Triagem Neonatal, adotado pelo Ministério da Saúde desde 2011. Pelo programa, o SUS disponibiliza acesso universal e integral às triagens, conhecidas como teste do pezinho, da orelhinha, do olhinho, da linguinha e do coraçãozinho.