Segurança
Operação Cooptare apreende carne imprópria para consumo e 17 pessoas são presas
A Força-Tarefa de Combate ao Abigeato da Polícia Civil deflagrou, na manhã de ontem, a Operação Cooptare, com o objetivo de de conter esse tipo de crime em todo o Estado.
Foram cumpridas 48 ordens judiciais (17 mandados de prisão preventiva, 10 de busca e apreensão e outras 21 medidas judiciais relacionadas à movimentação financeira e fiscal, inclusive com bloqueio das movimentações financeiras), em 13 municípios, simultaneamente. A ação envolveu 80 policiais civis, sendo seis da 9ª Delegacia Regional de Polícia Civil. Dezessete pessoas foram presas e cinco veículos, seis armas, R$ 12 mil e mais de 2,5 toneladas de carne imprópria para o consumo foram apreendidos.
As investigações começaram em agosto de 2016, em função da ramificação de uma organização criminosa que atuava em todo o Rio Grande do Sul, levando bovinos em cargas de caminhões. Segundo o delegado Adriano Linhares, a organização criminosa também atuava na modalidade de estelionato, quando comprava animais pagando com cheques sem provimento de fundos, agindo no Estado e em Santa Catarina.
No curso das investigações pela força-tarefa, foram apreendidos quatro caminhões objetos de furto/roubo, três deles clonados, e dois caminhões carregados com animais furtados, somando 51 reses. "Foram realizadas 10 prisões em flagrante, cumpridos 28 mandados de prisão preventiva e nove inquéritos policiais conclusos", acrescentou o delegado.
O nome da operação foi escolhido em razão da organização que aliciava e/ou cooptava empregados de fazendas para furtarem os animais e venderem aos infratores por preços irrisórios, chegando a pagar 20% do valor de mercado.
As cidades onde foram cumpridas as medidas judiciais são Arroio dos Ratos, Bom Retiro do Sul, Camaquã, Canoas, Dom Pedrito, Júlio de Castilhos, Palmeira das Missões, Paraí, Progresso, Quaraí, Santa Maria, Santana do Livramento e Venâncio Aires.