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Maçonaria completa 300 anos de organização mundial

Publicada em 20/06/2017
Maçonaria completa 300 anos de organização mundial | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Primeira Grande Loja, em Londres

No dia 24 de junho de 2017, a Maçonaria irá completar três séculos de existência. Sua origem é muito mais antiga, não havendo consenso entre estudiosos e historiadores da data exata. O relações públicas, especialista em Comunicação Pública e em História da Maçonaria, Rogério Vaz Oliveira, pesquisa sobre o tema há 17 anos, quando ingressou como membro da instituição.

Oliveira conta que a organização em sistemas de obediências da Franco-Maçonaria, tal qual é conhecida hoje, surgiu em 1717, com a fundação da Grande Loja de Londres e Westminster, na Inglaterra. Atualmente existem 6,5 milhões de maçons espalhados em praticamente todos os países. O Brasil abriga aproximadamente 170 mil maçons. “Em Bagé, devem atuar ativamente nas 10 lojas, cerca de 700 maçons. Se contar os inativos, o número se aproxima de três mil”, disse.

Segundo Oliveira, que escreve para revistas especializadas sobre o tema e em setembro toma posse como membro correspondente da academia maçônica de letras do Rio Grande do Sul, mesmo com 300 anos, a imagem de que a maçonaria seria algum tipo de seita mística, uma religião ou mesmo perpetradora de uma espécie de plano de dominação mundial ainda não acabou. “Este é o maior desafio da instituição. Lutar contra a desinformação e mostrar que tem por finalidade auxiliar no desenvolvimento do homem, como cidadão, e promover a liberdade, a igualdade e a fraternidade da sociedade onde ela está inserida”, argumenta.

Para o relações públicas, a maçonaria é uma instituição filosófica que busca o bem-estar da humanidade, utilizando seus membros em trabalhos assistenciais e filantrópicos, sempre de maneira silenciosa. Ele afirma que muitos pensam que a maçonaria é uma religião, porém salienta que nas lojas convivem pessoas de diferentes credos. “Temos reuniões com irmãos de todas as religiões movidos pelo ideal de servir”, enfatiza.

Início no Brasil

Conforme o estudioso, a história da Maçonaria no Brasil tem como marco oficial a criação, em 1801, da Loja Reunião, no Rio de Janeiro. Há pesquisadores que acreditam que o movimento maçônico iniciou em 1796, com a fundação do Areópago de Itambé, em Pernambuco.

No Rio Grande do Sul, a chegada oficial de forma organizada e regular ocorreu somente a partir da década de 1830, por meio de sociedades políticas e/ou literárias, muitas delas de caráter secreto, aliada à difusão dos órgãos de imprensa. “Essas agremiações, muito antes de se constituírem lojas maçônicas regulares, foram manifestações das primeiras lutas de caráter nacional no Estado”, conta.

Fundação em Bagé

De acordo com Oliveira, quando eclodiu a Revolução Farroupilha (1835-1845), comandada pelo maçom Bento Gonçalves, Bagé era um dos pontos estratégicos neste conflito, porém o Império do Brasil necessitava por um fim nesta revolução e lançou mão de todos os instrumentos disponíveis à época, gestões diplomáticas, tentativas de acordos políticos e os conhecidos e aguerridos combates. "A maçonaria desempenhou um papel preponderante, pois havia membros em ambos os lados. Houve encontros secretos entre os maçons antagonistas, para buscar a tão almejada paz, contudo, muito sangue foi derramado e vidas perdidas até que chegasse o dia da pacificação”, relata.

Em 1º de julho de 1841, a Loja maçônica Estrella do Sul (como era grafada à época) foi criada pelo Grande Oriente do Brasil para funcionar em Bagé. As constantes movimentações das tropas e escaramuças impediram que os trabalhos e os locais de funcionamento da Loja Estrela do Sul fossem fixos. Em 1844, por ordem do comandante chefe do exército imperial, o maçom Barão de Caxias, veio para o município o 8º Batalhão de Fuzileiros comandado pelo coronel Francisco Félix da Fonseca Pereira Pinto, que se tornou o primeiro venerável mestre da Loja Estrela do Sul. As atividades maçônicas da Loja Estrela do Sul duraram até 1877, retomando suas atividades somente em 2005. Oliveira é integrante desta loja.

De acordo com o pesquisador, Bagé abriga as três potências maçônicas regulares, o Grande Oriente do Brasil, a Grande Loja Maçônica do Rio Grande do Sul e o Grande Oriente do Rio Grande do Sul, contando com 10 lojas maçônicas. A Amizade nº 142 é a mais antiga em atividade e sem interrupção em Bagé. As demais são: a Sigilo nº 14, a Estrela dos Magos nº 51, a Adonai nº 58, Cavaleiros da Liberdade nº 193, a Rainha da Fronteira nº 20, a Loja de Pesquisas Construtores do Templo nº 251, Cruzeiro do Sul nº 3980  e Estrela do Sul nº 84.

Oliveira diz que os 300 anos da maçonaria merecem uma profunda reflexão de todos os seus integrantes, espalhados pelo mundo. Ele ressalta que foram 300 anos de trabalho em prol da evolução do homem e da sociedade. “Não há fim para esta missão, há muitos desafios pela frente, cabendo a cada integrante perceber sua atuação como cidadão ético e interessado,” frisa.

 

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