Cidade
Dezoito indústrias podem se instalar no Distrito Industrial
O programa Empreende Bagé que visa incentivar e apoiar a instalação de novas empresas no Distrito Industrial ganhou a adesão de 18 empresas. O programa foi lançado ontem pela Secretaria Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDI) e contou com a presença de autoridades, empresários, representantes de instituições bancárias, governo do Estado e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O evento aconteceu no salão nobre da prefeitura.
Conforme o secretário da SDI, Bayard Páscha Pereira, 18 empresários já assinaram a carta consulta no órgão e visitaram o local com a intenção de se instalarem. Ele salienta indústrias farmacêuticas, retificas, pavilhões pré-moldados e coberturas metálicas, além do pólo moveleiro. O Distrito Industrial foi criado no final dos anos 70 em Bagé, e fica situado próximo ao Frigorífico Marfrig.
O secretário salienta a importância de ampliar a participação do setor industrial para agregar valor nas atividades econômicas do município. Bayard enfatiza que a maioria dos produtos primários, base da economia, acabam indo para fora do município. “Queremos gerar empregos na cadeia produtiva industrial”, disse.
Durante o evento o diretor da Secretaria Estadual do Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Lucídio Ávila apresentou o projeto que conta inicialmente com oito lotes de 0,35 a meio hectare, dos 40 hectares. Além disso, o diretor destaca que os espaços serão comercializados a R$ 19.408,11 o hectare, podendo a empresa interessada pagar 10% do investimento, parcelando o restante de 18 a 30 vezes.
O Distrito Industrial conta com 67,5 hectares. Destes, 17,2 já estão ocupados por quatro empresas (Marfrig, Lactalis, Agropic e Curtume de Bagé), ocupando cerca de 25% da área.
Ávila disse que após preencherem a carta consulta o documento será passará pelo Grupo de Análise Técnica da secretaria estadual e será assinado um contrato preliminar de reserva de área. Após a empresa tem oito meses para apresentar todos os projetos. “Se aprovado recebem a escritura pública de promessa de compra e 24 meses para construir e entrar em funcionamento”, ressalta.
O diretor ainda informa que por quatro anos a empresa não poderá vender nem transferir sem a autorização do Estado.
Interessados
O empresário Roberto Seixas, que tem uma industria de pavilhões pré-moldados e coberturas metálicas, foi um dos interessados na área. Seixas disse que já conheceu a área e vislumbra a ampliação da empresa para o local. “Estamos em negociação. O distrito é viável economicamente e tem boa logística”, argumenta.
Mariana Mor, empresária do ramo de outdoors, também vislumbra a possibilidade de ampliação do negócio. Segundo Mariana, o encontro serviu pra conhecer o projeto e a partir daí estudar a viabilidade de mudança da empresa.
Para um representante do Núcleo Moveleiro do Pampa, Nilo Figueiró, cerca de 15 empresários integram o setor. Empolgado, ele adianta que a ideia é adquirir uma área no Distrito Industrial e dividir em lotes para cada empresário. “O Local tem toda a estrutura, além de ter uma logística boa para o recebimento do material”, argumenta.
Um dos proprietários de uma indústria farmacêutica, Marcos Pereira, acompanhou atentamente a apresentação do projeto. Ele disse que a empresa fica bem na área central, mas é em um prédio alugado. “Vislumbramos a possibilidade de sermos proprietários além de recebermos incentivo e linhas de credito”, frisa.