Campo e Negócios
Excesso de umidade provoca queda de peso nos animais
A semana mais seca e ensolarada na maior parte do Estado possibilitou a retomada da implantação das pastagens que já estavam com atraso, devido às últimas semanas muito chuvosas. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, as pastagens de inverno estão parcialmente disponíveis para o pastoreio, e as de verão já estão em final de ciclo, ocorrendo um vazio forrageiro na maioria das propriedades.
Segundo o levantamento, as pastagens cultivadas nas restevas de soja estão com bom desenvolvimento; muitos produtores já colocam gado e as que não se desenvolveram com a semeadura natural estão sendo plantadas com aveia para formação de palhada e proteção do solo.
Na bovinocultura de corte os animais apresentam perda de peso, devido à queda na qualidade de alimentação em áreas de campo nativo, em razão do excesso de umidade, de alagamentos e frio. As adversidades climáticas afetaram o desenvolvimento das pastagens de inverno, com consequente redução na oferta de pasto e do desempenho dos animais. Alguns produtores já têm escalonado a entrada de animais nestas áreas, principalmente os que apresentam maior deficiência nutricional, deixando aqueles com melhor escore por mais tempo no campo nativo, que está com baixo desenvolvimento.
Com a trégua das chuvas e o retorno do sol, os produtores de leite puderam soltar os animais nas pastagens, que diminuíram em quantidade e qualidade, principalmente pelo final de ciclo das de verão. Muitas pastagens foram prejudicadas pelo encharcamento e por tombamento, sem que os animais tenham realizado o pastejo. Conforme os técnicos da Emater, a oferta de pasto na maioria das propriedades ainda não é suficiente, principalmente para as necessidades dos animais de alta produção; para estes, os produtores seguem complementando a dieta das vacas com silagem de milho, feno ou silagem de pré-secado e administrando o concentrado para aumentar a produção, o que repercute em aumento dos custos.