Campo e Negócios
Média de produtividade do arroz é apontada como a melhor dos últimos tempos
Em reunião da Câmara Setorial do Arroz, foram apresentados, ontem, os resultados da safra 2016/2017. A apresentação foi feita pelo diretor técnico do Instituto Riograndense do Arroz (Irga), Maurício Fischer. De acordo com os resultados, a média de produtividade do arroz no Rio Grande do Sul foi a melhor dos últimos tempos.
O presidente da Associação dos Arrozeiros da Região de Bagé, Ricardo Zago afirmou que os números estão dentro da realidade da Campanha. Segundo ele, houve aumento de 15% no Estado e a região seguiu a mesma tendência.
Em julho de 2016, a intenção de plantio apontava para 1.090.961 hectares no Rio Grande do Sul. Em janeiro deste ano, o levantamento do Irga mostrava 1.106.160ha já semeados, número condizente com a média dos últimos anos, recuperação de 21.276 ha que não haviam sido semeados na safra anterior em função do fenômeno El Niño.
Os principais exemplos foram a Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul que, nesse período, estavam com quase 80% das lavouras em estágio reprodutivo, fatores decisivos para obtenção de altas produtividades. De acordo com o gerente de pesquisa da autarquia Rodrigo Schoenfeld as áreas semeadas até metade de outubro no Estado, tiveram um rendimento acima de 60%. A rotação de culturas também foi responsável por garantir bons números, prática preconizada no Projeto Soja 6.000 disseminado pelo Irga nas regiões produtoras.
A produção de arroz no Rio Grande do Sul chegou a 8.750.774 toneladas com produtividade média de 7.914 kg/ha confirmando-se como a maior produtividade histórica do Estado e recuperando assim, o déficit de produção que o RS teve na safra 2015/16.
Os números poderiam ter sido ainda melhores não fossem as fortes chuvas ocorridas no mês de outubro, que, em alguns locais, chegaram a 400mm e que acabaram exigiram o replantio de quase 15.000ha de lavouras, principalmente nas regiões Central e na Fronteira Oeste.
Apesar disso, ainda no fim daquele mês, regiões como Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul já atingiam 80% da semeadura. Nas demais regiões, o percentual estava entre 20% e 40%. O preparo antecipado garantiu que no início do ano, metade da área que seria destinada para o arroz no Estado já estivesse pronta para ser semeada.
As cultivares IRGA 424 RI, Guri Inta CL e Puitá foram as mais semeadas no Estado, com 44%, 20% e 10% respectivamente. As cultivares do Irga ocuparam 57% da área cultivada no Rio Grande do Sul, um incremento de 17% em relação à safra ante