Cidade
Médica alerta sobre perigo da sífilis
Causada pela bactéria Treponema pallidum, a sífilis é uma das doenças sexualmente transmissíveis com maior número de incidências no município de Bagé, com índices equivalentes aos do HIV e HPV.
Neste ano, já foram registrados 95 casos de sífilis. De acordo com a coordenadora de Bioestatística e Epidemiologia da Secretaria de Saúde e Atenção à Pessoa com Deficiência, Sheila Tavares, as pessoas que não usam preservativo devem procurar os postos de saúde para realizar o teste rápido, e, se confirmada a doença, a pessoa é encaminhada para tratamento.
De acordo com Sheila, um dos grupos que causa maior preocupação são as gestantes, pois, até então, foram registrados 26 casos durante o ano, sendo que a doença pode causar aborto, falência ou a má formação do feto. “O ideal é que a gestante realize o exame assim que identifique a gravidez. Quando infectada e não tratada, o bebê apresenta sequelas, como má formação no esqueleto e lesão no sistema nervoso, quando chega a nascer. Às vezes, o bebê vem a óbito antes mesmo do nascimento”, alerta.
O Serviço de Atenção Integral à Sexualidade (Sais) é o responsável por atender os casos de doenças sexualmente transmissíveis no município. Durante o mês de maio, 28 casos foram diagnosticados pelos testes rápidos realizados no local.
Segundo a ginecologista do Sais, Terezinha Ricaldone, a doença é o foco do Ministério da Saúde, que ultimamente vem realizando diversas campanhas de conscientização. A médica conta que, em média, o Sais realiza cinco testes rápidos por dia.
Conforme a profissional, os sintomas iniciais são lesões nos órgãos genitais, que desaparecem em cerca de cinco a sete dias. Após certo período, a doença volta a aparecer em sua forma secundária, quando são perceptíveis lesões por todo o corpo. Na forma terciária, a doença acomete o sistema nervoso, podendo levar à morte.
O Sais está localizado na rua Bento Gonçalves, 430, esquerda, e está aberto das 8h às 12h e das 13h30min às 17h30min.