O Conselho da Comunidade entregou, ontem, ofícios e relatórios onde cobra das autoridades providências em relação à situação atual do Presídio Regional de Bagé (PRB).
De acordo com a presidente do conselho em exercício, Zazi Iara Martins Vargas, foi elaborado, pelos conselheiros, um relatório onde apresentam diversas questões estruturais precárias e falta de cuidados com a casa de detenção. Em visita na semana passada, a entidade constatou que após a rebelião ocorrida no dia 21 de dezembro de 2016, nada foi feito em relação aos prejuízos causados nas dependências do presídio. “Está muito ruim, as galerias estão totalmente úmidas, há água nas pernas dos funcionários e apenados, chove como na rua”, critica.
Zazi revela que a falta de luz e o risco de choques elétricos são outros problemas. “Há risco à vida, as paredes ficam molhadas e ninguém pode se encostar porque há risco de levar um choque elétrico, há ratos e insetos, está tudo horrível, somente um banheiro dá para ser utilizado”, disse.
Os ofícios foram entregues para o juiz da Vara de Execuções Criminais, promotor criminal, defensores públicos, delegacia de Polícia Penitenciária, Subsecção da OAB/Bagé, superintendente da Susepe, Secretaria Estadual de Segurança Pública e administrador do PRB.
Posição da administração
O diretor do presídio, Eduardo Padilha, informou que já está com orçamentos para começar o processo de licitação de empresas para fazer a reforma na parte elétrica. "Primeiro temos que ter a obra do telhado concluída, para, então, começar a parte elétrica", salientou. Ele informou que a reforma da casa de detenção começa na próxima semana.
Reforma
De acordo com a engenheira civil responsável pela empresa EGR engenharia, de Dom Pedrito, que irá fazer a reforma, Daniela Goulart da Rosa, a obra é orçada em R$ 89.043,08 mil e começa na próxima semana. A previsão, segundo ela, é que o serviço dure em torno de 60 dias. “Iremos reformar a cobertura, fazer reparos e limpezas nas instalações pluviais e instalar esquadrias. São 1.291.61 metros quadrados, há locais que teremos que trocar as louças e vidros temperados, mas acredito que não será necessária a remoção dos apenados”, disse.
Conforme Daniela, 10 funcionários irão trabalhar na reforma do presídio.