Cidade
Vigilância Ambiental monitora 244 focos de Aedes aegypti
Os agentes de endemias da Vigilância Ambiental do município estão monitorando 244 focos do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya. Os focos foram encontrados nos bairros Getúlio Vargas, Mascarenhas de Moraes, São Judas Tadeu e Centro.
De acordo com o coordenador da Vigilância Ambiental, Marcelo Inchauspe Fernandes, no inverno a proliferação do mosquito deveria ser mais baixa, mas isso não aconteceu. Ele salienta que o ovo do mosquito pode durar até 500 dias e é necessário eliminar antes do verão, quando o calor e a umidade intensificam os focos.
Fernandes informa que os agentes estão tendo dificuldade de entrar nas residências para o monitoramento. O coordenador enfatiza que há casos em que as pessoas colocam cartazes na porta informando que não permitem a entrada. Ele informa que as medidas de prevenção contra o mosquito devem continuar sendo feitas. “Quando se faz o combate durante todo o ano e impede os criadouros, pode haver uma diminuição do número de casos da doença no ano seguinte”, ressalta.
Conforme o coordenador, em Bagé, não há casos das doenças, mas o município está infestado de focos. Fernandes salienta que há 42 pontos estratégicos, como cemitérios, oficinas mecânicas, postos de gasolina, sucatas e borracharias, que são visitados a cada 15 dias.
O monitoramento é realizado através das visitas, principalmente nos bairros em que foram encontrados os focos. “Realizamos o levantamento de índice mais o tratamento” conta.
Multas para quem não permitir a entrada
O coordenador alerta que desde junho de 2016 está em vigor a lei nº 13.301, que estabelece a entrada forçada dos agentes em imóveis públicos e particulares abandonados ou com ausência de pessoa que possa permitir o acesso ao local ou no caso de recusa de acesso. Ele informa que quando a pessoa não permite a entrada, gera um processo administrativo e multas que variam de R$ 2 mil a R$ 4.137 mil. “É um problema de saúde pública”, frisa.
Segundo ele, a entrada forçada em imóveis deve ser feita por profissional devidamente identificado, em áreas com potenciais focos de mosquitos transmissores. Além disso, para ficar comprovada a ausência de uma pessoa que possa autorizar a vistoria, é necessário que o agente realize duas notificações prévias, em dias e horários alternados e marcados, num intervalo de dez dias. Essas ações anteriores devem ser devidamente registradas em relatório.
Fernandes pede que a população colabore para afastar o Aedes aegypti e diminuir a chance de contrair a dengue, o zika vírus e a chikungunya. “É essencial não deixar água acumulada em objetos como vasos de plantas e pneus e latas”, salienta. Ele lembra que as pessoas que encontrarem larvas em suas residências podem levar até a vigilância, situada na rua Bento Gonçalves, 254-D, para análise laboratorial. “Temos apenas 22 agentes para cobrir toda a cidade”, informa.