Cidade
Projeto do Parque Tecnológico irá concorrer no edital do governo do Estado
Uma comitiva do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul) e da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) está em Porto Alegre para cadastrar o projeto do Parque Tecnológico e Científico da Campanha no edital lançado pelo governo do Estado, na segunda-feira. O projeto pretende viabilizar uma nova matriz econômica de emprego e renda para Bagé e região.
A ideia de implantação do parque começou a ser discutida em 2013. Em 2014, o idealizador da proposta, André Mello, que representa o IFSul, tentou verbas estaduais para a implantação, mas não foi contemplado.
Conforme Mello, sete empresas apresentaram cartas de intenção para se instalarem na cidade, mas é necessária a captação de verbas. O polo será construído em uma área de cinco hectares, no campus da Unipampa. Mello salienta que ainda não tem nada definido e o projeto irá concorrer com outros no edital. O valor total para a construção do parque é de R$ 2,5 milhões e o edital libera, no máximo, R$ 800 mil para cada proposta.
Segundo Mello, a primeira fase prevê 10 empresas. No início deste ano, o projeto foi credenciado na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sdect), para concorrer ao aporte financeiro, porém, só foram contempladas as propostas que buscavam compra de equipamentos.
O Parque Tecnológico será desenvolvido pela Unipampa e IFSul, com apoio da Universidade da Região da Campanha (Urcamp). No primeiro momento, os eixos de trabalho serão voltados para as áreas de energia, engenharia, software e agronegócio.
Recursos
Os editais da Sdect, vinculados aos programas de Polos Tecnológicos, RS Incubadoras e Programa Gaúcho de Parques Tecnológicos, totalizam R$ 16 milhões em recursos do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). O objetivo dos novos editais é estimular a geração de negócios, empregos, renda, a difusão de conhecimento e a busca por soluções e melhores serviços. A intenção é promover o desenvolvimento de forma sustentável, investir na ciência, na tecnologia e na inovação como forma de gerar novas economias.
A data limite para encaminhamento dos projetos é até 20 de julho de 2017.
Para o Programa de Apoio aos Polos Tecnológicos serão alocados R$ 9,7 milhões e o valor máximo por projeto é de R$ 700 mil. O Rio Grande do Sul conta com 27 polos tecnológicos implementados, divididos em polos de modernização tecnológica e de inovação tecnológica. Podem se credenciar nesse programa, universidades, Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes), municípios e empresas.
Para o RS Incubadoras, será destinado R$ 1,5 milhão. Cada incubadora pode apresentar um projeto, no valor de R$ 300 mil. As incubadoras de base tecnológica são responsáveis por conectar pesquisa científica, transferência de tecnologia e desenvolvimento de novos produtos. Atualmente, existem 18 incubadoras de base tecnológica espalhadas em diferentes regiões gaúchas.
O Programa Gaúcho de Parques Tecnológicos oferece R$ 4,8 milhões. Na atualidade, são 12 parques credenciados no programa e mais cinco têm potencial para credenciamento.