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Minuano Saúde

O que é HPV? Vírus do papiloma humano

Publicada em 10/07/2017
O que é HPV? Vírus do papiloma humano | Minuano Saúde | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Capa

HPV é um vírus que atinge a pele e as mucosas, podendo causar verrugas ou lesões precursoras de câncer, como o câncer de colo de útero, de garganta ou ânus. O nome HPV é uma sigla inglesa para “Papiloma Vírus Humano” e cada tipo de HPV pode causar verrugas em diferentes partes do corpo.

O HPV é um vírus que se transmite no contato pele com pele, por isso pode ser considerado uma doença sexualmente transmissível. No primeiro contato sexual, uma em cada 10 meninas chega a entrar em contato com o vírus.

Entre 80 e 90% da população já entrou em contato com o vírus alguma vez na vida, mesmo que não tenha desenvolvido lesão, mas é importante lembrar que mais de 90% das pessoas conseguem eliminar o vírus do organismo naturalmente, sem ter manifestações clínicas.

Por determinação do Ministério da Saúde, o foco da vacinação anti-HPV foi ampliado: meninas dos nove aos 13 anos (antes dos nove aos 11 anos); meninos dos 11 aos 15 anos (antes dos 12 aos 13), pacientes com HIV de nove a 26 anos e pacientes oncológicos ou imunodeprimidos. Meninas com 15 anos que ainda não foram vacinadas devem se vacinar antes de se matricular na rede de ensino.

Nesta edição, o caderno Saúde aborda esse tema. O médico ginecologista Ricardo Mendes Costa explica o que é HPV.

Sintomas, causas, prevenção deste vírus

Existem mais de 200 tipos de HPV. Até hoje, 150 deles já foram identificados e sequenciados geneticamente. Entre esses tipos, somente 14 podem causar lesões precursoras de câncer, como de colo de útero, de garganta ou ânus. Dessas lesões, 70% são causadas pelos HPVs tipo 16 e 18, enquanto o HPV 31, 33, 45 e outros tipos menos comuns são encontrados nos casos restantes.

Já os HPVs tipo 6 e 11 também são bastante comuns em mulheres, mas causam apenas verrugas genitais.

O tipo de HPV é detectado através de dois tipos de exames: o teste genético PCR e o teste de captura híbrida. Eles podem trazer informações como o tipo e a carga viral ou até marcar se esse HPV é ou não oncogênico, ou seja, se pode evoluir para um câncer.

Causas

O HPV é um vírus que se transmite no contato pele com pele, por isso pode ser considerado uma doença sexualmente transmissível, até porque 98% das transmissões ocorrem através do contato sexual. Mas, diferente das outras DSTs, não é preciso haver troca de fluídos para que a transmissão ocorra; só o contato do pênis com a vagina, por exemplo, já ocasiona a transmissão do vírus.

De acordo com o ginecologista Ricardo Mendes Costa, as lesões benignas causadas pelo vírus (subtipos 6 e 11 preferencialmente) são as verrugas. “Essas são comuns nas regiões genitais (feminina e masculina), região anal e peri-anal e orofaringe. As lesões malignas (sub-tipos 16 e 18) podem ocorrer nessas mesmas regiões, mas o colo uterino é a preferencial. O câncer de colo uterino é a quarta causa de morte de mulheres no Brasil. É uma doença que ocorre sempre que se juntam pouca educação, higiene e promiscuidade”, explica.

Costa destaca que além da vacinação, não se pode abrir mão do uso de preservativos e dos demais cuidados de higiene. “Mesmo com os bons resultados que a vacinação certamente trará, não podemos abandonar a revisão periódica com um médico ginecologista e a coleta do exame citopatológico (Papanicolaou)”, completa.

O ginecologista enfatiza que a prevenção dessas doenças começa em casa. “A boa relação com os filhos deve focar a atenção nos cuidados com a prevenção (educação, higiene, vacinação, preservativos). Nas primeiras consultas, os filhos(as) devem ser acompanhados por um adulto (mãe ou pai de preferência)”, acrescenta o especialista.

O tratamento das lesões malignas compreende cirurgia, radioterapia e quimioterapia, esclarece o profissional. “A primeira pode ser suficiente ou eventualmente acompanhada das outras alternativas. A prevenção ainda é o melhor caminho”, afirma.

O uso do preservativo é uma proteção importante para evitar a transmissão e não deve ser esquecido mesmo durante o sexo anal ou sexo oral. A camisinha feminina é uma boa aliada, pois permite um contato menor ainda entre a pele dos parceiros.

Outras formas de transmissão, muito mais raras, são pelo contato com verrugas de pele, compartilhamento de roupas íntimas ou toalhas e, por fim, a transmissão vertical, ou seja, da mãe para o feto, que pode ocorrer durante o parto.

O vírus pode ser transmitido mesmo quando a pessoa não percebe ter os sintomas. Outro ponto sobre o HPV é que, apesar de os sintomas normalmente se manifestarem entre dois e oito meses após a infecção, ele pode ficar encubado, ou seja, presente no organismo, mas sem se manifestar, por até 20 anos. Por isso, é praticamente impossível saber quando ou como a pessoa foi infectada pelo HPV.

Fatores de risco

Qualquer pessoa que tenha uma vida sexual ativa está em risco de entrar em contato com algum dos tipos de HPV.

Alguns fatores de risco que aumentam a chance do contato ocorrer:

- Sexo sem proteção;

- Vida sexual precoce;

- Múltiplos parceiros;

- Não fazer exames de rotina;

- Imunodepressão, ou seja, a queda do sistema imunológico;

- Presença de outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

Fatores de risco para câncer associados ao HPV no organismo:

- Múltiplas gestações;

- Uso de contraceptivos orais de alta dose por tempo prolongado;

- Tabagismo;

- Infecção pelo HIV;

- Tratamento com quimioterapia, radioterapia ou imunossupressores;

- Presença de outras doenças sexualmente transmitidas, como herpes simples e clamídia.

Tratamento do HPV

O principal sintoma do HPV é o surgimento de verrugas ou lesões na pele, normalmente uma manchinha branca ou acastanhada que coça. Muitas vezes, no entanto, a lesão pode não ser visível a olho nu, aparecendo em exames como colposcopia, vulvoscopia e peniscopia.

Normalmente, as lesões do HPV aparecem na região genital, mas podem ocorrer em outras partes do corpo.

No organismo feminino, as lesões costumam se desenvolver na vulva, vagina e colo do útero.

Na genitália masculina, o pênis é o local mais comum para aparecimento do HPV.

Em ambos os gêneros, ânus, garganta, boca, pés e mãos são locais em que o vírus do HPV costuma se manifestar.

Mais de 90% das pessoas conseguem eliminar o vírus do HPV do organismo naturalmente, sem ter manifestações clínicas.

Lembre-se: nem toda verruga é causada por uma infecção por HPV. No entanto, se você apresenta verrugas ou lesões na região genital é importante buscar a orientação de um ginecologista ou urologista.

Vale lembrar que, na maioria das vezes, o HPV é localizado nos exames de rotina das mulheres, até porque o problema pode não apresentar sintoma nenhum.

Quando a lesão é encontrada, é feita uma biópsia em que parte da lesão é retirada para análise do tecido e DNA do vírus causador da lesão, completa o médico.

O ginecologista destaca que existem diversas opções de tratamento para os sintomas do HPV, que são usadas conforme o tipo de manifestação do HPV (se ele é uma lesão ou uma verruga) e também o grau e a localização da lesão ou verruga. Elas podem ser feitas nas lesões clínicas e subclínicas.

Veja as formas de tratamento mais comuns

Lesões pequenas, em pequena quantidade ou mais externas podem ser tratadas com cremes e ácidos. Um dos mais usados é o ácido tricloroacético, mas existem outras opções.

Cremes imunoterápicos também são opções, mas costumam ser usados por um período mais prolongado.

Retirada da lesão

A retirada da lesão pode ser feita de diversas formas. Uma das técnicas mais utilizadas é a cauterização a laser, em que o feixe de luz é direcionado na lesão, queimando-a. Ela também pode ser feita com gelo seco (crioterapia), ácidos (cauterização comum) ou usando radiofrequência.

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