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Livro destaca história do geneticista Iwar Beckman
A história do geneticista e agrônomo sueco radicado no Brasil, chamado de “o pai do trigo”, Iwar Beckman, será contada através da publicação de sua neta, Heloisa Beckman. A obra será lançada no dia 19 de julho, às 18h30min, no Museu Dom Diogo de Souza, junto com a exposição do acervo doado pela família. A atividade integra a programação dos museus mantidos pela Fundação Attila Taborda (FAT), nos 206 anos de Bagé.
De acordo com Heloisa, a obra demorou três anos para ser produzida. Ela conta que reuniu documentos, fotos e objetos pessoais do avô para a edição. A autora e artista plástica destaca que a trajetória de Beckman no Brasil, suas pesquisas na área da triticultura e das variedades de trigo cultivadas servem de base para estudos em diversos países.
Beckman chegou a Bagé em 1924, para atuar no Centro Nacional de Triticultura na Estação Experimental Fitoterápica da Fronteira, mais tarde transformada em Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), no município de Hulha Negra. O local leva seu nome desde 2011, devido à contribuição e criação de 27 das 49 variedades de trigo cultivadas no Sul.
Ele foi pioneiro nos estudos de ciências agrárias no estado do Rio Grande do Sul, além de fornecer e contribuir com uma parte da coleção de sementes de cultivares de trigo, soja e milho, entre outras espécies.
Além do livro, será apresentado o filme da Festa Nacional do Trigo em Bagé, que aconteceu em 1951. A película foi doada ao museu, na década de 1960, e foi transformada para formato digital pelo produtor Paulo Renato Pinheiro. De acordo com as gestoras dos museus Dom Diogo de Souza e da Gravura Brasileira, Maria Luiza Pegas e Carmen Barros, todo o material doado pela família fica disponível para pesquisa.