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Especial Bagé 206 Anos

Um futuro promissor com a marca da juventude

Publicada em 17/07/2017
Um futuro promissor com a marca da juventude | Especial Bagé 206 Anos | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Eventos na livraria prestigiam os artistas bajeeenses

Com a média de idade até 30 anos, a juventude bajeense resolveu empreender e no reboque trouxe novidades que chegaram para ficar na Rainha da Fronteira. Cervejas artesanais, hambúrgueres, barbearias, jogos, crochê, calçados, roupas e comidas diferentes são alguns dos novos negócios que alavancam a economia da cidade.
Buscamos as novidades em alguns setores e conhecemos estabelecimentos de todos os estilos e gostos. Confira o que está fazendo Bagé ser uma cidade do empreendedorismo.


México, Oriente e surf
Uma loja nova, com culinária e barzinho chama a atenção de quem transita pela avenida José do Patrocínio, na zona noroeste da cidade. Francisco Bandeira, formado em Educação Física, e muito ligado à área do esporte, trouxe para Bagé o surf, a arte e a gastronomia mexicana e árabe. “Em parceria com o meu pai, resolvi então abrir a loja, onde comercializamos moda e acessórios ligados ao surf/skate/shop, artes orientais e pub com transmissão de jogos e competições e conveniências”, conta.
Bandeira observa uma mudança no comportamento dos bajeenses. “Está sempre inaugurando novos espaços e negócios diferenciados, com a aprovação da população para todos os segmentos, principalmente para esses inovadores. Como praticante destes esportes (surf, skate), tenho conhecimento de sua aceitação no mercado, além da carência de alguns produtos, principalmente acessórios necessários para a prática desses esportes”, salienta.


Uma Kombi de arte
A Kombi das Gurias Arteiras, formada pelas empreendedoras Queli Bubols, Natália Rodrigues e Bruna Saraçol, é um exemplo do potencial criativo dos jovens bajeenses.
Quando Queli comprou a Kombi, a intenção era apostar no ramo da alimentação. Mas, como sempre gostou de artesanato e produtos feitos à mão, convidou Natália e Bruna para expor seus trabalhos em feiras e praças, utilizando o veículo. “Uma incentiva a outra com ideias e motivação. Sou arquiteta e trabalho em uma empresa de engenharia. Nos finais de semana, nos reunimos para criar arte”, conta Bruna, ao destacar que a iniciativa foi abraçada pela comunidade. “As pessoas olham com muito carinho. Acabamos sendo mais vistas com a Kombi das Gurias Arteiras; tiramos dúvidas e recebemos encomendas. Dessa forma dá para todos conhecerem os produtos, e recebemos este feedback do que mais gostam, do que podemos melhorar. Isso é ótimo”, afirma.


Calçados e TALL

Quem imaginou que uma bajeense iria comercializar e confeccionar calçados? Pois esta é a aposta de Bruna Bielemann. A estilista, que criou uma marca já reconhecida pelos bajeenses, conta que a empresa foi impulsionada pelo crescimento de pedidos que vinha recebendo dos produtos, no atelier, e também em sua página oficial no Facebook.
Bruna destaca que estava confiante no projeto que vinha desenvolvendo e viu a oportunidade de empreender em um segmento que tinha uma carência no mercado, que é o da moda autoral. “Busquei ampliar o conhecimento, com especialização na área de calçados, já que minha formação é Designer do Vestuário. Ingressei no curso de Design de Sapatos; paralelo, também fiz Modelagem de Sapatos; depois Confección y armado de zapatos, em Buenos Aires, na Argentina, e, posteriormente, Marketing e Gestão”, conta.
A Fulana de Tall é uma marca independente, com 100% de produção própria, conforme explica Bruna. “Todas as peças desenvolvidas são criadas por mim e confeccionadas dentro do meu atelier, em pequena escala de cada modelo, para garantir maior exclusividade. Estou presente desde o momento da escolha dos materiais até a finalização do produto na caixa. O sucesso de uma empresa sempre vai estar marcado pelo toque pessoal do dono, esse é o diferencial que o seu negócio precisa para se destacar em meio à concorrência”, garante a empreendedora.
De Bagé para o mundo, Bruna possui pontos de vendas autorizados da marca em Pelotas, Porto Alegre, Chapecó, Florianópolis, Imbituba e Guarda do Embaú e uma proposta de franquia em São Paulo.


Costurando em casa
Costureira por amor e doutoranda em Linguística Aplicada, Cássia Rodrigues Gonçalves investe na produção de bolsas, ecobags e mochilas, marcas registradas do projeto ‘Costurices’, que começou a desenvolver, ‘meio que sem querer’, em fevereiro de 2016, quando postou em sua conta pessoal, em uma rede social, a foto da primeira mochila que costurou. “Algumas pessoas começaram a perguntar se eu fazia para vender. Resolvi dizer que sim. Esse projeto funciona atualmente na minha casa. Gosto da ideia do ‘home office’ (trabalhar em casa) e amo costurar. É bom poder compartilhar com as pessoas um pouco do que faço, um pouco do que sou”, declara.
A mudança de conceitos, para Cássia, é uma tendência global. “A chamada economia criativa vem crescendo ano a ano, diferente da economia tradicional, que está em crise. Essa mudança começou e nos saturamos da massificação e industrialização sem critério daquilo que consumimos. É chato comprar algo que milhões de pessoas têm também. É frustrante saber que aquilo que compramos alimenta o trabalho escravo. Esse setor busca solucionar as dores deixadas por uma economia insensível. Em Bagé, há alguns negócios que seguem a linha criativa, e acredito que todos eles vão dar muito certo”, finaliza a empreendedora.


Fã de hambúrguer
Novos sabores ganham espaço em um setor que sempre fez sucesso entre os bajeenses. O hambúrguer, tradicional em grandes centros, agora também tem suas versões bajeenses. O administrador Enzo Bordignon é um dos responsáveis por esta transformação. “Eu sempre comi muito hambúrguer. Era fanático, mesmo, e sempre quis trazer e ter em Bagé o que eu gostava. Fui atrás de fornecedores exclusivos das maiores redes e encontrei. Então criei um grupo no WhatsApp, entre meus amigos, e comecei a fazer os Funburgueres”, conta.
O serviço funciona em forma de delivery, com equipe própria de entrega. “Resolvi investir na qualidade do serviço e do alimento, sempre percebi que as pessoas gostavam disso, de tudo organizado, com apresentação legal. Servimos hambúrgueres grelhados de carne bovina e hambúrgueres de frango frito, com cardápio inspirado nas maiores redes de restaurante fast-food do mundo, batatas fritas, refrigerantes e água. Vale ressaltar que nosso diferencial está na qualidade dos ingredientes, da carne selecionada e dos molhos que são produzidos aqui diariamente”, destaca.
Bordignon revela o segredo do catchup original, marca registrada da empresa. “Eu estava na estrada, voltando de uma viagem de Rivera (Uruguai). Dei uma carona para um viajante, que, na verdade, é um pâtisserie (cozinheiro especialista em massas finas, destinado à confecção de doces e salgados). Durante sua estadia em Bagé, Baptiste Thouzeau nos presenteou com uma receita original de catchup. Utilizamos tomates selecionados e de maneira totalmente artesanal, sem conservantes, sendo único o KetchupFun”, afirma.


Casa de Cerveja
Cerveja artesanal é a nova sensação entre os apreciadores da bebida. Em Bagé, além da produção, que ganha forma através de diferentes iniciativas, o produto já conta com uma casa especializada. Os proprietários, Daniel Vasques e Daniela Jardim, explicam que buscam ter diversas opções em um local central, ao estilo pub inglês.
No estabelecimento, são comercializadas cervejas de variados estilos. “Nosso principal foco é disseminar a cultura do consumidor comprar sua bebida e levar para casa, no conceito de loja. Porém, temos um espaço agradável, para happy hour, onde nossos clientes podem ficar bem à vontade, provar sua cerveja preferida acompanhado de uma boa música e atendimento diferenciado”, declara Daniela.
A empresa sempre esteve nos planos do casal. “Tínhamos vontade de empreender, sim. Por isso, identificando nosso gosto pessoal, agregado da oportunidade, resolvemos apostar no ramo”, conta. A empresária observa, hoje, que os consumidores estão mais voltados para o mercado de produtos naturais e menos industrializados. “Temos público para isso, na cidade, um público exigente e de bom gosto, que, acima de tudo, se preocupa com a saúde. Usamos o conceito de beber menos, porém beber melhor. E as pessoas estão se identificando cada vez mais com isso”, destaca.


O universo da personalização

Ao perceberem a carência de um lugar especializado na fabricação e venda de artigos personalizados, os amigos Dionatan Silva, Renan Silveira, Luiz Pedro Gomes e Gabriel Corrêa decidiram agir, criando, assim, o Universo de Bolso. Com a loja em atividade desde maio do ano passado, os jovens começaram os trabalhos sem um espaço físico para atender aos clientes, fabricando e vendendo apenas suvenires. Hoje, a estrutura física conta com cerca de 20 variedades de produtos, incluindo quadros, canecas, almofadas, bottons, chaveiros e placas decorativas, além de revender camisetas e moletons estampados de uma renomada marca mineira.
A empresa tem a internet como principal meio de divulgação, tendo perfis no Instagram, Facebook e Twitter, também contando com um blog, onde, visando gerar engajamento, são postadas publicações referentes ao conteúdo presente nos produtos e temas gerais.
Segundo Silveira, estão sendo feitos os preparativos para a loja online, que logo será lançada. Mesmo sem a ferramenta, clientes de mais de dez estados já receberam encomendas da empresa bajeense, que até o momento utiliza plataformas de venda online.


Café, livros e jogos
Com a intenção de oferecer aos bajeenses uma opção de lazer diferenciada, Lissandro Torres anexou à sua livraria a opção de um espaço de entretenimento, que conta com mesas e estrutura especial, onde é disponibilizado, aos clientes, em troca de uma consumação mínima, a oportunidade de realizarem partidas em mais de 45 opções de jogos voltados, principalmente, para o público adulto, como Zombicide, Pandemic, War, Magic The Gathering e Yu-Gi-Oh.
Torres salienta que o estabelecimento, inaugurado em fevereiro de 2015, sempre teve sua venda voltada para a cultura pop, inicialmente começando com uma linha de quadrinhos especializados. Hoje, a empresa também conta com livros, camisetas, cardgames, boardgames, RPG’s e produtos exclusivos; todos fazendo parte ou com referências a filmes, séries, games e outras materializações da cultura popular.
A escolha da cultura pop como segmento principal para a livraria não foi feita aleatoriamente. O empresário, que na época morava há 10 anos em Mato Grosso, realizou uma pesquisa sobre os tipos de comércio que poderiam ser aplicados na cidade. Ao decidir que montaria uma livraria e cafeteria, resolveu especializar a loja no tema ao qual já era familiarizado.


Barbeando com um novo estilo

As barbearias sempre estiveram presentes na história de Bagé, porém, é inegável que este setor nunca esteve tão disputado quanto atualmente. Buscando se diferenciar dos concorrentes, os profissionais juntam seus serviços com outras formas de comércio ou entretenimento, realizam diversas promoções e procuram se manter atualizados nas últimas tendências do público masculino.
A proprietária de uma destas lojas, Camila Marcuzzo Schiefelbein, de 27 anos, acredita que estamos em uma nova geração, onde as pessoas não esperam para ir atrás de seus objetivos. “Ninguém fica sentado esperando. Todo mundo vai e faz. O mercado está aberto para todos, daí saem grandes ideias”, avalia.
De acordo com Camila, a intenção de abrir o empreendimento surgiu da vontade conjunta entre ela e seu antigo sócio, que acreditavam que Bagé precisava de um estabelecimento que apresentasse um novo segmento masculino. “Os homens estão se cuidando mais, eles gostam de usar roupas estilosas, de estarem cheirosos e arrumados, a gente queria criar algo diferente”, relata.
O estabelecimento tem sua própria cerveja artesanal, e além de contar com um catálogo com outras marcas da bebida, os clientes em compras têm direito a tomar a primeira garrafa gratuitamente. Camila conta que tem a intenção de abrir uma filial em outra cidade.

Pioneirismo e eventos

A LEB livraria e cafeteria, pioneira na conciliação do café com a literatura, inova com o fomento de eventos que estimulam artistas locais. O proprietário, Richarles Nogueira, destaca que sempre foi empreendedor e buscou algo onde uniria o gosto pelos livros com sua outra preferência, o café. “A proposta da LEB é uma paixão pessoal. Sempre gostei muito da literatura. Busquei agregar e trazer novidades. A livraria nasceu em 1991, já a cafeteria foi criada em 1998”, conta.
Nogueira relata que foi observando as grandes redes de café que decidiu inovar na Rainha da Fronteira, abrindo novos espaços culturais. “Buscamos mostrar os artistas locais, também. Os bajeenses que inovam, com peças de teatro, contação de histórias e apresentações musicais e artísticas”, destaca o empresário.
A livraria reúne gostos de todos os estilos, literatura estrangeira, criminal, romances, livros religiosos, comédias e livros infantis. A empresa oferece cafés de todos os tipos, lanches e espaço para happy hour. “Eu sempre tive esse espírito empreendedor. A minha esposa que deu a ideia, pois já tínhamos feitos outros negócios, em outras áreas, mas que não tínhamos obtido sucesso. Com a LEB, conseguimos nos estabelecer no mercado”, explica Nogueira.

 

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