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Autores bajeenses avaliam contexto local no Dia do Escritor

Publicada em 25/07/2017
Autores bajeenses avaliam contexto local no Dia do Escritor | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Organizadoras do livro "Poemas Colhidos" destacam a falta de diversidade no mercado editorial

Em uma era permeada por kindles, tablets, blogs e outras plataformas que facilitam o acesso à leitura, comemorar o Dia Nacional do Escritor pode se tornar uma tarefa de resistência. Isto porque as novas mídias não apenas facilitam o acesso aos textos, como também descentralizam o protagonismo dos autores.
Uma das bajeenses que recentemente enfrentou os desafios para publicar uma obra literária foi a jornalista Naira Wayne Perdomo. Filha de um dos ícones da literatura no País, que marcou seu nome na história junto ao Grupo de Bagé, o poeta Ernesto Wayne, recentemente ela lançou o livro “Poemas Colhidos”, que traz ao longo de suas páginas 44 sonetos do autor, escolhidos a dedo por ela e pela colega de profissão que ajudou na organização da obra, Sabrina Lehmann.
Naira comenta que uma das coisas que percebeu durante o processo de elaboração do livro foi a dificuldade de suporte a novos autores no mercado. Em Bagé, por exemplo, a autora salienta que observa poucas opções de editoras disponíveis. Além disso, na visão dela, escritores novatos muitas vezes não possuem domínio do mercado e acabam sendo desestimulados pela burocracia que permeia o meio editorial. “O interessante seria uma cidade como Bagé, que possui grandes nomes das artes, ter um leque maior para oferecer mais alternativas para quem está escrevendo”, avalia.
Outra organizadora da obra, Sabrina destaca que por fora do circuito comercial é mais fácil publicar livros, bancando uma baixa tiragem com valores do próprio bolso. “Não é nenhum valor astronômico ou fora da realidade. Neste sentido, ganhamos todos, com um maior volume de publicações, embora o número de leitores se mantenha estável”, destaca.
No caso de Poemas Colhidos, Sabrina destaca que a dupla contou com alguns fatores positivos, como o nome do autor ser conhecido, além de outros aspectos que foram facilitados, como o layout por exemplo. “Eu já fui diagramadora, então entregamos pronto o projeto para o diagramador. A revisão dos poemas também foi feita por mim, pelo fato de eu já ter sido revisora em outras publicações. Tudo isso foram ‘custos’ que por sorte não tivemos”, aponta.
O autor Cássio Lopes, que possui quatro livros com temática regional lançados, sendo o mais recente "Batendo Tição - Causos de Gauchadas (2016)", classifica o cenário atual como “muito ruim”. Segundo ele, a publicação das quatro obras enfrentou muitas dificuldades, como a falta de apoio. “Dos quatros livros que escrevi, a maioria foi bancada por meus pais. Só para o ‘Rainha da Fronteira’ consegui patrocínios, e, mesmo assim, tivemos que desembolsar 30% do valor da obra”, comenta.
Outra questão levantada por Lopes é a baixa procura pelos livros. “Por último, a maior de todas as dificuldades é, sem sombra de dúvidas, as vendas, que ficam muito abaixo do esperado. Pois, infelizmente a maioria das pessoas não dá a mínima para a leitura e muito menos para a literatura regional”, desabafa.


Para repensar as relações

O Dia Nacional do Escritor é também dedicado ao conceito “BookCrossing” ou “Esqueça um livro”, que surgiu nos Estados Unidos, em 2001, e não demorou a se propagar por todo o mundo. Bagé está inserida na campanha com atividades incentivadas pela Biblioteca Pública Municipal Doutor Otávio Santos e apoiada por empresas locais. A ideia busca incentivar o acesso à leitura e está centrada na disseminação da cultura e do conhecimento através de uma proposta bem inusitada: livros são deixados, ou melhor, esquecidos propositadamente em diversos locais públicos para ser encontrados por leitores em potencial.
No Brasil, a iniciativa teve início no estado de São Paulo, em 2013, e foi trazida pelo jornalista Felipe Brandão, que teve a oportunidade de vivenciar o projeto durante sua estadia nos Estados Unidos. Tudo começou com uma página no Facebook, que convidava pessoas de todo o Brasil a esquecer seus livros antigos pelas cidades para que fossem encontrados por novos donos. A campanha fez tanto sucesso que atualmente a página no Facebook conta com mais de 40 mil curtidas e a ideia passou a ser veiculada em todo o território nacional, sendo realizada no Dia Nacional do Escritor, em 25 de julho.

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