Editorial
Apostando na participação
A Justiça Eleitoral investe em uma estratégia diferente para definir metas. Através da internet, os brasileiros podem indicar os objetivos que devem ser alcançados em 2018. A ferramenta também permite avaliar o grau de relevância de cada finalidade. O modelo de consulta revigora a relação com os eleitores. O sistema vai além, inclusive, levando à reflexão.
A necessidade da realização de uma consulta pública, como etapa preliminar ao processo de formulação das metas nacionais do Judiciário, foi indicada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no ano passado. As metas foram traçadas por conselheiros e comissões permanentes. A implementação, entretanto, está atrelada à consulta. E o objetivo é claro.
A intenção de tornar o processo de escolha o mais participativo possível, ouvir da sociedade o que espera que essa justiça especializada possa fazer pelo País, abre novas perspectivas no terreno da democracia. Em um cenário pontuado pelo clima de impunidade, a participação é crucial, servindo, inclusive, como instrumento para revisão de conceitos.