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Academia Bajeense de Letras pode transformar Tarcísio Taborda e Ernesto Wayne em patronos
Retomada durante a semana dos 206 anos de Bagé, a Academia Bajeense de Letras pode ter mudanças nos patronos homenageados em suas cadeiras. A direção estuda incluir os nomes de, pelo menos, dois escritores consagrados: Ernesto Wayne e Tarcísio Taborda.
Wayne deixou vasta obra. Responsável por influenciar diversos companheiros de geração, o escritor foi um dos fundadores e expoentes do Grupo de Bagé, movimento artístico que reuniu artistas e intelectuais como os pintores Glauco Rodrigues e Carlos Scliar. O poeta atuou como professor na Universidade da Região da Campanha (Urcamp), naquela época chamada de Faculdades Unidas de Bagé (Funba).
Taborda é considerado um dos maiores responsáveis pela estruturação da pesquisa sobre a história de Bagé. Além de dezenas de livros e centenas de artigos publicados, foi diretor de Cultura da Secretaria de Estado da Cultura, Desporto e Turismo, como secretário substituto; diretor de Cultura de Bagé, presidente do Conselho Regional de Museologia e membro titular de diversas academias e institutos ligados as letras e a história no Brasil e exterior.
Ao nomear seus patronos, o grupo homenageia os escritores, nomeando cada cadeira ocupada por integrantes da academia com o nome de uma destas personalidades culturais, como forma de imortalizar a produção destes autores.
De acordo com o atual presidente da academia, José Carlos Teixeira Giórgis (Juca), "prestar homenagem a profissionais de tanta relevância para a cultura da cidade deve ser considerado como algo fundamental". Ele também revela que o grupo pretende investir na criação de cursos de literatura e escrita.
Os integrantes da academia ainda procuram o antigo estatuto. Enquanto os documentos não forem localizados, os integrantes utilizarão o regimento da Academia Sul Riograndense. A formação atual da entidade conta com Elvira Nascimento e Orlando Carlos Brasil, como componentes.