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Bagé registra redução no volume de beneficiários do Bolsa Família

Em sete meses, 272 pessoas perderam o benefício do Bolsa Família em Bagé. No início do ano, 7.227 famílias recebiam os valores, no município. Já em julho, 6.955 beneficiários estavam cadastrados no maior programa de distribuição de renda do governo federal. Conforme dados do Portal da Transparência, em julho de 2016 eram injetados, na economia do município, R$ 1.1194.579,00. Em julho deste ano, o valor passou para R$ 925.177,00.
No Estado, os números apresentaram um aumento. No início deste mês, foi registrado um incremento de 4.327 famílias no programa. A tese apresentada é de que a crise teria devolvido as famílias a uma condição de vulnerabilidade social, deixando-as em situação de atendimento às exigências para recebimento do auxílio.
De acordo com o coordenador do cadastro do Bolsa Família em Bagé, Paulo Larrosa, o número de cadastros nunca ultrapassou a 7,4 mil. Ele conta que, no ano passado, o governo federal determinou o corte de uma série de benefícios, a partir de um pente-fino realizado em todo o território nacional.
Larrosa salienta que o principal fator de cancelamentos é a falta de atualização do sistema, que precisa ser realizada a cada dois anos. Outra situação é a criança fora da escola. O coordenador informa que os beneficiários migram de bairro e os filhos de escola, e isso acaba fazendo com que o sistema perca o contato da criança. “É preciso ter o atestado de frequência para comprovar na hora da atualização”, explica.
Têm direito ao benefício famílias cuja renda mensal per capita (por integrante) não ultrapasse os R$ 170. Larrosa destaca que o setor atende cerca de 80 pessoas por dia. Para participar do programa é necessário que a família tenha gestantes, crianças ou adolescentes de até 17 anos. Para se candidatar, é necessário que a família esteja inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal, com dados atualizados há menos de dois anos.