Cidade
Tradição de pai para filhos
O tradicionalismo arraigado nos gaúchos vem de berço. As famílias que mantém as tradições acabam passando esse amor pela cultura, desde o nascimento, para os filhos. É o caso do professor de Estudos Sociais e jornalista Roberto Silva Ribeiro, 72 anos. Ele tem três filhos e seis netos; todos seguiram seus hábitos.
Ribeiro iniciou no tradicionalismo com 20 anos, mas sempre foi um estudioso do tema. O jornalista começou como locutor de notícias e foi convidado para apresentar um programa gaúcho, na Rádio Cultura de Bagé. Com isso, recebeu vários prêmios e honrarias. Foi coordenador da 1ª Semana Crioula Internacional de Bagé e da 18ª Região Tradicionalista e patrono da Semana Farroupilha.
Em sua casa, guarda mais do que os troféus. As fotos dos três filhos e dos netos, aliás, ocupam lugar de destaque na parede da sala. “Eles se criaram dentro dos CTGs. Casaram e hoje seus filhos já participam de invernadas e concursos de prendas e peões”, disse.
O radialista conta que incentivou as filhas e as levava para os concursos em outras cidades. Para ele, o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) é muito forte e hoje os jovens estão dentro das entidades. “Há mais opção. Existem vários conjuntos de música gaúcha e isso ajuda a crescer o movimento”, observa.
Orgulhoso, Ribeiro conta que duas netas são prendas e um neto é piá farroupilha. A esposa Edeci Vaz Ribeiro também o acompanha nas festividades tradicionalistas.