Fogo Cruzado
Lideranças da região debatem potencial do carvão na matriz energética
O potencial do uso do carvão de Candiota na matriz energética do Estado, a partir da gaseificação, foi tema central de uma reunião realizada, ontem, no Palácio Piratini, com mais de 30 representantes do setor e da comitiva da região da Campanha. Em pauta, esteve a possibilidade de investimento em um polo carboquímico no Rio Grande do Sul (que, inicialmente, não contemplava a região), o aproveitamento das reservas minerais da região Sul, Campanha e Baixo Jacuí, e o aumento da produtividade de termelétricas.
O encontro teve a presença dos secretários da Casa Civil, Fábio Branco, e de Minas e Energia, Artur Lemos, e de sete parlamentares. O Rio Grande do Sul tem a maior reserva de carvão mineral do Brasil, a partir dos minerais sub-betuminosos e de alto teor de cinzas. Cerca de 1,5% da energia produzida no País vem de usinas termoelétricas a carvão.
"O Estado quer atrair investimento. Cerca de 90% das reservas em solo gaúcho tem investimento público. Neste sentido, independente da região em que se localizar potenciais empreendimentos, queremos viabilizar comercialmente a cadeia produtiva e se fortalecer a partir desta matéria-prima", sinalizou Branco. "Temos a 15ª reserva de carvão no mundo. O governo vai ser indutor da cadeia carbonífera, seja na região Sul ou Baixo Jacuí", acrescentou Lemos.
Participaram os deputados estaduais Edson Brum, Lucas Redecker, Frederico Antunes, Pedro Ruas, Ciro Simoni, Luis Augusto Lara e Liziane Bayer; representantes da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), além de prefeitos e vereadores de Bagé, Candiota, Herval, Piratini, Pedras Altas, Hulha Negra, Pinheiro Machado e Aceguá. “Estamos muito felizes com o resultado desse debate, pois conseguimos incluir o complexo industrial da campanha no projeto de carboquímica”, avaliou o prefeito de Candiota, Adriano Castro dos Santos, do PT.