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Futuro da saúde através da tecnologia é apresentado em aula inaugural do Centro de Ciências da Saúde
“Tecnologias em Saúde” foi o tema da palestra do doutor em Ciências (Fisiologia Humana) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), professor Willian Peres, durante a aula inaugural de início de semestre do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade da Região da Campanha (Urcamp), realizada na noite de quinta-feira, 17, no complexo cultural do Museu Dom Diogo de Souza.
A apresentação do palestrante surpreendeu os discentes e docentes, pois o profissional detalhou o avanço da tecnologia, bem como, os métodos que serão utilizados na área. O professor afirmou que o futuro vai ser diferente. “O smartphone é o futuro”, enfatizou.
Peres elencou algumas inovações que serão aplicadas em breve e outras que serão usadas nos próximos anos. Uma delas é a tatuagem eletrônica – que verifica a pressão sanguínea, o teor de glicose e outras funções, as quais são transmitidas para um smartphone que chega diretamente ao médico. Outra inovação é a aplicação de sensores e até mesmo de lentes de contato, ligadas às lágrimas, que vai medir o teor de glicose e traduzir os valores. Além disso, o palestrante alertou que muitos fatores futuramente vão influenciar no desempenho humano, como no pensar e agir.
A explanação contou com várias ilustrações e exemplos do que será daqui em diante com a presença de robôs que vão auxiliar profissionais, as formas de comunicação, os usos dos aparelhos de tecnologia para reduzir problemas psicológicos, entre outras metodologias. Peres também alertou para o avanço das tecnologias na educação. “As escolas têm que se preparar para o futuro”, disse. O docente destacou, ainda, que as mudanças devem começar através de uma aprendizagem continuada e que o Recursos Humanos deverá entender que o profissional desenvolve o trabalho não pela carga horária, mas pela capacidade de pensar.
Por fim, Willian chamou a atenção para um fator preocupante que está sendo implantado no País - a graduação na área da saúde à distância. “Existe ensino à distância sério. Para este ano, são 274 mil vagas para cursos na área de forma à distância. A lei 9.057/2017 mudou tudo, mas somos contra esse ensino. Somente na Índia o curso de Farmácia é totalmente à distância, porém nem o Conselho reconhece”, relatou. O profissional se mostrou preocupado pelo número de instituições que estão oferecendo graduações na área à distância e aprovadas pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC). “Estamos trabalhando e lutando para aprovação do PL 5414/2016, que na área da saúde não exista educação à distância”, frisou.
A aula inaugural encerrou com a entrega dos certificados dos acadêmicos premiados na quarta Mostra de Iniciação Científica do CCS. Participaram do evento, também, as pró-reitoras, professoras Virgínia Paiva Dreux e Elisabeth Cristina Drumm, as quais enfatizaram a importância dessas atividades em busca de soluções para contribuir com a sociedade. Além disso, a presidente da Comissão Própria de Avaliação (CPA), professora Vera Ramos, explanou sobre o trabalho do grupo e o envolvimento fundamenta de todos os docentes e discentes nos processos administrativos de autoavaliação.