Editorial
Liderança positiva
A transparência precisa ser bem mais do que um discurso, sobretudo na administração pública. Neste sentido, os avanços garantidos pela política de dados abertos do governo federal, em destaque no ranking da Open Knowledge Foundation, sob a condição, inclusive, de líder, em nível de América Latina, precisam ser reconhecidos. Somos, de fato, referência em informações sobre orçamento público, resultados eleitorais, mapas nacionais, estatísticas socioeconômicas, leis em vigor e atividade legislativa. Mas ainda é possível aprimorar o sistema.
A discussão é complexa e requer familiaridade com alguns conceitos. Devemos ter bem clara, por exemplo, a concepção de dados. Falamos de informações colocadas à disposição da sociedade, em formatos que podem ser compreendidas. No Brasil, esse sistema é gerenciado pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. A pasta trabalha, basicamente, para que qualquer pessoa possa utilizar números oficiais, sob a exigência de mencionar a autoria. Trata-se de um processo constante, que envolve diferentes fatores.
Diferentes fatores são avaliados pela Open Knowledge Brasil, organização sem fins lucrativos que promove conhecimento livre. O levantamento tem como objetivo ‘orientar e identificar elementos que possam obstruir o desempenho da administração pública com relação a dados abertos’, de acordo com publicação do Ministério, que comemorou a liderança continental. O mais importante, entretanto, é observar os pontos que precisam avançar. E as mudanças não devem servir apenas para manter posições, mas, principalmente, para tornar ainda mais transparente o acesso às fontes públicas.