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Presidente da Federasul apresenta movimento para incentivar criação de novas lideranças
O projeto “Movimento Empresarial”, criado pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) foi apresentado aos empresários bajeenses, na sexta-feira, em almoço organizado pela Associação Comercial e Industrial de Bagé (Aciba) no Restaurante e Galeto Mário.
A presidente da Federasul, Simone Leite, e o vice-presidente de integração, Rodrigo Fernandes de Souza Costa, foram os responsáveis por apresentar o programa para o empresariado regional, que possui cinco eixos principais: engajamento cívico, renascimento da política, protagonismo da classe produtiva, pertencimento e a energia empreendedora.
A proposta tem o objetivo de apontar caminhos para superar as dificuldades das atividades produtivas que envolvem empreendedores e empregados. Desde que surgiu, o Movimento Empresarial vem reunindo as principais entidades de todas as regiões do Estado com o objetivo de renovar e identificar as novas lideranças.
Foi justamente isso que defendeu Simone. Ao falar sobre a necessidade de interação das pautas atuais, comentou sobre a reforma política e o “distritão”, sistema político proposto que elege os deputados e vereadores mais votados em cada estado ou município, independentemente de partidos. “O distritão é um desserviço para a comunidade. No momento em que precisamos fazer com que a classe produtiva ocupe espaços de decisão, o distritão garante que sejam eleitas as pessoas com maior visibilidade, como um jogador de futebol, jornalista, cantor, ou quem já tem mandato e trabalha durante quatro anos por uma reeleição”, destacou.
A presidente da Federação defendeu que o empresariado deve se inteirar e fazer parte da política. “A política dita os rumos da nossa vida, enquanto cidadãos, enquanto empreendedores. E a classe produtiva, que somos nós, carregamos o País nas costas. Por isso podemos e devemos nos envolver em política”, defendeu.
Simone também adiantou que a expectativa é de que o segundo semestre de 2017 e o primeiro de 2018 já deem sinais de recuperação financeira. “A crise está com dias contados, conforme dados da macroeconomia nos mostram. O momento é de sair de trás do balcão e enfrentar esse momento, que é de oportunidade”, destacou.
Já Rodrigo Fernandes, apresentou a visão buscada com o movimento. Segundo ele, uma das questões que chamam a atenção é a queda de interesse dos jovens em empreender e enxergam no serviço público a estabilidade. “Por mais nobre que seja o serviço público, que futuro pode ter um país em que os jovens pretendem viver da estabilidade do serviço público, não pretendem arriscar e empreender?”, questionou.
Fernandes destacou que um dos desafios da classe empresarial é tornar a ambiência mais receptiva para a chegada de novos empreendimentos, já que hoje questões burocráticas e altos custos desestimula o surgimento de novos empreendedores.