Cidade
Associação dos Deficientes Visuais necessita de apoio
Prestes a completar 27 anos de fundação, a Associação dos Deficientes Visuais do Município de Bagé (ADVMB) necessita de apoio da população. A entidade foi fundada em setembro de 1990 pelo ex-vereador Airton Leão e devido ao Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil ficou sem recursos para os projetos. A associação mantém um coral e um grupo de música, de xadrez, equipe de futsal, além de oficinas em braile e artesanato.
De acordo com o tesoureiro da entidade, Paulo Augusto da Rosa Moreira, o trabalho da associação é voltado para o apoio aos deficientes e também para mostrar os direitos e deveres de cada um. Atualmente, estão cadastradas 90 pessoas mas participam ativamente apenas 30.
Moreira lembra que a entidade utilizava uma sala junto à Escola Estadual de Educação Básica Professor Justino Costa Quintana. Como a instituição foi interditada e passou por reformas, em 2013, a prefeitura cedeu um espaço junto ao Centro de Inclusão e Qualificação, localizado na rua Santo Antônio, nº139, no bairro Getúlio Vargas, onde os integrantes se reúnem semanalmente.
O tesoureiro informa que a maioria dos participantes ficou sem a visão no decorrer da vida e, por isso é, necessário uma adaptação. “Nós damos esse apoio”, diz.
Dificuldades
A monitora de braile e esposa de Moreira, Angelita de Lima, destaca que, durante o mês de setembro, serão realizadas algumas ações para de conscientização da população. Ela ressalta que o principal problema da entidade é a localização da sede. “Por ser em um local mais afastado, há dificuldade de locomoção até o espaço”, fala. A monitora frisa que uma das necessidades do grupo é um veículo que leve os participantes até o local, além de uma sede mais central. “Atualmente, todos trabalham em regime de voluntariado”, conta. Além disso, são necessárias folhas de 120 gramas para as oficinas de braile e material para artesanato.
Adaptação
A adaptação de Angelita, que perdeu a visão com cinco anos, foi no decorrer da vida. Já Paulo aprendeu com a esposa, visto que ficou sem enxergar aos 26 anos. “Hoje, a acessibilidade está um pouco melhor e as pessoas mais conscientes. Mas ainda estamos longe do ideal”, declara Moreira.
O tesoureiro conta que aprendeu a se locomover com Angelita e a cada local que vai realiza um mapeamento para não ter nenhum problema. Já a monitora recorda que devido à falta de manutenção das vias teve que ficar vários dias em casa porque torceu o tornozelo ao cair em um buraco.
Doações
As doações de material podem ser realizadas através da pagina no Facebook ADVMB Bagé, ou através do email advmbage@yahoo.com.br