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Urcamp para Todos desenvolve ações para promover a inclusão

Publicada em 28/08/2017
Urcamp para Todos desenvolve ações para promover a inclusão | Minuano Saúde | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Urcamp para Todos desenvolve ações para promover a inclusão
A última semana foi dedicada à reflexão. Entidades, instituições e órgãos públicos promoveram atividades alusivas à Semana Nacional da Pessoa com Deficiência (PcD), com o objetivo de destacar a importância da inclusão e dos direitos dos deficientes. A Universidade da Região da Campanha (Urcamp), instituição comunitária há 50 anos, forma profissionais nas diversas áreas do conhecimento está trabalhando com ações internas e externas, para sensibilizar a sociedade sobre acessibilidade e direitos da pessoa com deficiência
Em 2015, foi criado o programa “Urcamp para Todos”, visando esclarecer que acessibilidade deve ser pensada para todos, independente de suas limitações. A denominação do programa se deu através de uma palestra promovida na instituição pelo fisiologista da Seleção Paralímpica de Futebol Sete, José Irineu Borla, na qual abordou o tema “Deficiência é socialmente construída”. Segundo a psicóloga Súsi Barcelos e Lima, as pessoas são diferentes e a ideia de tratar todos iguais não é exatamente inclusão. “Nesses casos, elas precisam ser tratadas diferentes para que tenham uma relação de igualdade e efetivamente estarem inclusas”, explica a profissional.
O programa conta com um grupo de trabalho, constituído por professores e colaboradores de diversas áreas do conhecimento, entre eles, engenheiro civil, psicólogas, fisioterapeuta, técnico em segurança do trabalho, psicopedagoga, biólogo. “Todos nós temos peculiaridades, potencialidades e dificuldades que, muitas vezes, podem ser vistas pelo outro como uma deficiência. A nossa instituição é para todos. Cada um tem seu tempo e independente de ter uma deficiência física, a gente tem dificuldades e, sabendo trabalhar com isso, desenvolvemos a empatia e aprendemos a lidar com o tempo do outro”, frisa a psicóloga.

Capacitação e mercado de trabalho
Dentro do programa, a universidade oferece um curso gratuito, que visa capacitar as pessoas com deficiência para atuar dentro da instituição numa possível oportunidade e, também, para desempenhar funções administrativas em outras empresas do município. O treinamento propicia, ainda, a possibilidade de reabilitação de pessoas que estão em benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Para participar, os interessados devem enviar currículo para o e-mail gestaodepessoas@urcamp.edu.br mencionando no assunto o nome do programa. Um dos requisitos da capacitação é ter Ensino Médio completo ou em andamento e ter noções de informática. O curso tem duração de 92 horas de aula teórica e 40 horas são dedicadas para estágio nos setores da universidade. Após conclusão, uma cerimônia é realizada para a entrega dos certificados.
As empresas têm uma porcentagem de colaboradores com deficiência, conforme a Lei 8.213 de 24 de julho de 1991. Conhecida como lei de cotas, ela dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência e dá outras providências à contratação de PcD.
O Art.93 da lei deixa claro que, a empresa com 100 ou mais funcionários está obrigada a preencher de dois a cinco por centro dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, na seguinte proporção.
- até 200 funcionários - 2%
- de 201 a 500 funcionários - 3%
- de 501 a 1000 funcionários - 4%
- de 1001 em diante funcionários - 5%
Súsi pondera que, mais do que atender às normas contidas na lei, a instituição está comprometida efetivamente com a missão formadora, através do envolvimento de acadêmicos dos cursos de Psicologia e Fisioterapia, na implantação do programa de inclusão. “Ao envolvê-los desde o início do processo é possível desenvolver habilidades para lidar com os novos desafios da área da Psicologia Organizacional, que incluem a realização de projetos de gestão da diversidade, Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), ergonomia e ginástica laboral”.
O professor Ricardo Ribeiro, integrante do grupo de trabalho, destaca que os alunos do curso de Fisioterapia estão envolvidos em atividades preventivas do meio laborativo, com sessões de massoterapia e ginástica laboral.

Ações do Urcamp para Todos
• A instituição recebeu a Seleção Paralímpica Brasileira de Futebol Sete;
• Ciclo de palestras de sensibilização para a inclusão;
• Parcerias com entidades assistenciais e INSS;
• Visitação à Universidade Católica de Pelotas (Ucpel), que tem sido referência na área de inclusão;
• Execução do curso de capacitação para o mercado de trabalho;
• Relato de experiência em eventos como: Congresso Brasileiro de Psicologia Organizacional do Trabalho (CBPOT), em Brasília; Congresso Luso-Brasileiro sobre Transtorno do Espectro do Autismo e Educação Inclusiva (Conlubra), em Pelotas, e primeira Mostra de Ações e Serviços para Pessoas com Deficiência de Bagé;
• Dinâmica com colaboradores promovendo a reflexão e sensibilização das limitações e potencialidades

A psicóloga cita uma frase do médico psiquiatra austríaco Victor Frankil que explora o sentido existencial do indivíduo e a dimensão espiritual da existência. Frankil diz que “Se não está em suas mãos mudar uma situação que lhe causa dor, sempre poderá escolher a atitude com que encara esse sofrimento”. Súsi ressalta que enfrentar uma situação que não se pode mudar não é nada fácil, mas estar ou manter-se inserido no mercado de trabalho ameniza um pouco esse processo. “O trabalho é algo que nos traz dignidade, sentido de utilidade e pertencimento, além do desenvolvimento da autonomia”.
Ainda de acordo com a profissional, a criação do programa foi um desafio e, a partir daí, o grupo de trabalho começou a planejar alternativas, estendendo-as para a comunidade, através do curso de capacitação. Segundo a psicóloga Fabiane Caillava, também integrante do grupo, o projeto está comprometido não somente com a capacitação, mas com a promoção da cidadania no sentido de fazer com que as pessoas com deficiência sintam-se realmente incluídas e protagonistas no mundo onde vivem.


Centro da Saúde e o trabalho para pessoas com deficiência

Os cursos do Centro de Ciências da Saúde (CCS) trabalham com teorias e práticas direcionadas às pessoas com deficiência.

Farmácia - profissional inclusivo
No curso de Farmácia, por exemplo, em todas as disciplinas são trabalhados os pontos característicos de um profissional inclusivo, com ênfase na pluridisciplinaridade, visando à integração total de agentes humanos no processo laboral, respeitando questões de vulnerabilidade que, por ventura possam ocorrer. “A formação de um profissional com um olhar humano e colaborativo torna-se fundamental para a estruturação de um pensamento globalizado e inclusivo. Da mesma forma, trabalhar as diferenças em sala de aula é também uma forma de inclusão, agregando valores científicos, morais, profissionais e éticos na formação de um profissional integrador”, evidencia a coordenadora do curso, professora Cíntia Ambrózio.


Nutrição - cuidados na alimentação

Já na Nutrição, os acadêmicos estudam diretamente a questão da avaliação nutricional, fazendo o cálculo de Índice de Massa Corporal (IMC). A coordenadora do curso, Mônica Palomino e a professora Gabriela Schirmann, explicam que a nutrição trabalha com um cálculo de IMC diferenciado com as pessoas com síndrome de Down, isto porque elas têm uma probabilidade maior para obesidade.
Nas escolas, através dos estágios em Nutrição Escolar, os acadêmicos colocam em prática o que é adquirido em sala de aula e se deparam com crianças inclusas. “A gente tem que avaliar todos, mas nesses casos é feita uma estimativa, através de fórmulas”, descreve Mônica. As crianças com aspecto de autismo possuem algumas intolerâncias aos alimentos, em razão de mudanças de parâmetros, pois cada um possui suas particularidades. “Em todos os estágios, eles (os alunos) vivenciam esses casos, pois vão para os hospitais e escolas”, acrescenta.


Psicologia – realidade nos estágios

Segundo a coordenadora do curso, professora Suzana Curi, no novo currículo do curso de Psicologia há disciplinas que contemplam estudos diretamente ligados às pessoas com deficiências, mas o curso já trabalha com atividades, principalmente nos estágios de Políticas Públicas, onde os acadêmicos atuam em Centros de Referência de Assistência Social (Caps), incluindo a residência terapêutica, entre outros locais, por meio de estágios de Psicologia Organizacional e do Trabalho. Além disso, no Seminário de Práticas Integradoras de Psicologia, são discutidos vários temas e um deles trata sobre a inclusão. Na disciplina de Psicologia Escolar os alunos também trabalham o tema, pois no estágio vivenciam esta temática.


Fisioterapia – a proximidade na reabilitação

Com 27 anos de fundação, a Fisioterapia trabalha diretamente com as pessoas com deficiências, através da disciplina de estágio supervisionado na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e no Núcleo de Pesquisa e Atenção à Saúde. Conforme a coordenadora do curso, professora Lídia Guterres, na disciplina de estágio Neuropediatria é atendida uma demanda de pacientes da Apae com seis horas aula. Já no núcleo são oito horas aula, por meio da disciplina de Neurologia, por meio da qual são atendidos pacientes com várias patologias, como AVC, paralisia cerebral, entre outros casos. “A gente está muito próximo e há técnicas específicas para atendimento. Sempre tivemos esses estágios e cada atendimento dura em média 50 minutos”, assinala.


Enfermagem – acompanhamento diferenciado

Na área da enfermagem, na grande maioria das disciplinas são discutidas e trabalhadas algumas especificações. Conforme a coordenadora do curso, Carmem Jardim, os alunos aprendem a atuar na recuperação destes deficientes na área hospitalar, saúde pública, através da prevenção e tratamento, entre outras atividades. “Os estágios contemplam esse envolvimento nas mais diferentes patologias e se trabalha de forma específica com eles, pois há um direcionamento particularizado desde como trabalhar com esse paciente até a questão da medicação”, descreve.


Inclusão nos campi

Os campi da instituição também trabalham com inclusão. Na semana passada, o curso de Educação Física de São Gabriel realizou a quarta Paragincana. A ação promovida em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, Associação de Pais e Amigos do Down (Pró-Down) e Urcamp tem como objetivo desenvolver atividades durante a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência.
A Paragincana reúne alunos inclusos da rede de educação de São Gabriel e, na ocasião, o curso de Educação Física desenvolve atividades físicas, recreativas e motoras com os estudantes. Para o coordenador do curso, Rodrigo Guterres, os acadêmicos aprendem, na prática, o que é discutido em teoria na sala de aula, pois são várias atividades adaptadas, conforme a deficiência do estudante. “É um projeto fantástico”, diz.
Guterres frisa que o evento proporciona aos alunos práticas que eles não estão acostumados vivenciar na escola, em razão de questões como espaço físico e acessibilidade. “É uma possibilidade deles se sentirem contemplados com a prática do exercício físico, adaptado a cada deficiência que eles têm”, acrescenta.
Em Bagé, o Núcleo de Apoio ao Discente e Docente (Nadd) da Urcamp realiza atendimentos para os acadêmicos que apresentam dificuldades de inclusão nas turmas, através de orientação da psicopedagoga Josefa Souza e psicóloga Aline Curra. O curso de Sistemas de Informação também trabalha com um estudante que apresenta espectro do autismo, onde os professores adaptam as aulas para um atendimento adequado.

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