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Mais de 30 empresas se cadastram para investir no Distrito Industrial

Publicada em 30/08/2017
Mais de 30 empresas se cadastram para investir no Distrito Industrial | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Área foi criada na década de 70 e tinha pouco incentivo

O programa Empreende Bagé, lançado pela prefeitura em junho, visando incentivar e apoiar a instalação de novos empreendimentos no Distrito Industrial, ganhou a adesão de 31 empresas. Os empreendimentos são ligados a diversos ramos, como a indústria moveleira, beneficiamento e transformação de produtos agrícolas (rações e grãos), artefatos de concreto, produtos de higiene e limpeza, cosméticos e produtos de beleza, equipamentos de energia solar e setor metal-mecânico.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Bayard Paschoa Pereira, em torno de 12 empresas já estão negociando com o governo do Estado e encaminhando a documentação para a compra dos lotes. Dessas, quatro estão em nível avançado de negociação.
O secretário informa que, além de gerar emprego e renda, o objetivo é transformar o Distrito Industrial em uma zona regional de processamento de matéria-prima, como carne, couro, leite, mel, arroz, soja e cevada. Inicialmente, serão liberados lotes de até sete hectares, dos 50 disponíveis.
Pereira lembra que os trâmites podem durar até oito meses e a empresa terá dois anos após a aprovação do projeto, pelo governo do Estado, para concluir a obra. Os espaços estão sendo comercializados a R$ 19.408,11, o hectare, podendo a empresa interessada pagar 10% do investimento, parcelando o restante entre 18 e 30 vezes.


Estrutura

O Distrito Industrial conta com 67,5 hectares. Destes, 17,2 já estão ocupados por quatro empresas (Marfrig, Lactalis, Agropic e Curtume de Bagé), ocupando cerca de 25% da área.
Conforme o titular da pasta, a estrutura foi criada no final dos anos 70 e permaneceu ociosa por longo tempo. Somente em 2007, quando Pereira foi vice-prefeito, foi implantado, na área, a Perdigão/Elegê, que foi transformada em BRFoods, em 2012, e, em 2015, foi adquirida pela multinacional francesa Lactalis. “Desta vez, escolhemos oferecer as áreas apenas para os investidores que já estão no município, como uma forma de reconhecimento”, disse.
Pereira destaca que as áreas são geridas diretamente pela Secretaria Estadual do Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia. A prefeitura entra como parceira, facilitando e auxiliando para o encaminhamento da documentação. Ele ressalta que a secretaria projeta ampliar o percentual da Indústria no Valor Agregado Bruto (VAB) e no Produto Interno Bruto (PIB), que hoje gira em torno de 13%. “Nossa meta é, ao fim do governo Divaldo Lara, ultrapassarmos os 20%”, enfatiza.


Investimentos externos

O gestor acredita que o Programa Empreende Bagé também tem potencial para atrair novos investimentos externos. “Estima-se que ingresse, na economia local, somente com essas sete empresas, mais de 70 milhões de reais, com a estimativa de gerarem mil empregos, aproximadamente”, destaca.
Pereira ainda lembra que há a possibilidade de instalação do shopping, investimento de cerca de R$ 80 milhões, que deve gerar, em sua fase de construção, cerca de dois mil postos de trabalho, e com seu funcionamento pleno, em torno de 1,5 mil vagas.


Tecnologia

O secretário conta que foram estabelecidas as bases para implantação de um polo tecnológico no município. Ele informa que para estimular a vinda de empresas, a cidade está doando uma área para um investimento de mais de R$ 10 milhões. A contra-partida da empresa será, entre outras coisas, a implantação de infraestrutura de rede óptica. O terreno oferecido pela prefeitura representa cerca de 7% do valor global do investimento.

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