Editorial
Fôlego para hospitais
O programa Pró-Santas Casas, que viabiliza Financiamento Preferencial às Instituições Filantrópicas e Sem Fins Lucrativos, estabelecido por lei federal, em vigor desde terça-feira, promete injetar R$ 10 bilhões, por meio de duas linhas de crédito, em um prazo de cinco anos nos hospitais brasileiros. Este alento, destinado a estruturas que prestam serviços fundamentais, deve beneficiar, de maneira direta, a região da Campanha gaúcha.
A legislação atenderá, basicamente, os hospitais que participam de forma complementar do Sistema Único de Saúde (SUS). A medida, independente da existência de saldos devedores ou da situação de adimplência das instituições em relação a operações de crédito anteriores, contempla organismos que historicamente sofrem com a falta de estímulo governamental. Neste cenário, entretanto, cabe reconhecer que o programa representa um passo importante no caminho de um novo ambiente de diálogo.
O formato é simples. O fôlego financeiro servirá para reestruturação patrimonial e para capital de giro. Como contrapartida, as instituições deverão apresentar planos de gestão, com prazo de implantação de dois anos, contados a partir da assinatura de contrato. O novo contexto favorece o desenvolvimento de soluções para um dos principais problemas enfrentados pelos hospitais. Em um momento de crise, o incentivo, na forma de financiamento, pode privilegiar alternativas centradas na reorganização financeira.