Editorial
Avanço fundamental
O Sistema Único de Saúde (SUS) pode ser obrigado a adotar uma nova política nacional de prevenção, focada especificamente no diabetes. A legislação que prevê assistência integral à pessoa diabética, incluindo o tratamento dos problemas de saúde relacionados à doença, já foi aprovada pelos deputados. A medida, que agora só depende do Senado, atende a uma demanda antiga, ampliando o alcance a recursos básicos.
A falta de informação e de acesso a atividades físicas e alimentação saudável representa fatores de riscos. Por parte dos gestores, o que falta são recursos para custear os tratamentos. O relator da proposta na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco, do PMDB de Minas Gerais, observa que a fita para medir a glicemia, um insumo caro e de difícil acesso, não é fornecido pelo SUS. Quem não dispõe de meios, portanto, corre riscos maiores.
A política de prevenção, que pode ser estabelecida por lei, tem diretrizes bem definidas, privilegiando a universalidade, a integralidade, a equidade, a descentralização e a participação da sociedade na definição e no controle das ações e dos serviços de saúde. A ênfase está nas ações coletivas e preventivas, na promoção da saúde e da qualidade de vida, na multidisciplinaridade e no trabalho intersetorial em equipe. O desenvolvimento de instrumentos de informação ocupa posição de destaque entre as estratégias. A medida representa um avanço importante para os pacientes, e também uma conquista para o próprio SUS.