Cidade
Bagé sedia debate sobre inovação no agronegócio
A Embrapa Pecuária Sul sediou, ontem, a quinta etapa do circuito de Gestão e Inovação, promovido pelo Instituto de Educação no Agronegócio (I-UMA). O evento reuniu lideranças do agronegócio, representantes de cooperativas, sindicatos rurais, agroindústrias, universidades, produtores e autoridades regionais de Bagé, Aceguá, Hulha Negra, Candiota, Lavras do Sul e Dom Pedrito. Durante o encontro, foram debatidos temas relevantes para a região, como gestão sustentável na agricultura, organização da cadeia da ovinocultura no Rio Grande do Sul e integração lavoura pecuária.
De acordo com diretor técnico da Emater, e um dos palestrantes, Lino Geraldo Vargas de Moura, o circuito de gestão e inovação já foi realizado nos municípios de São Gabriel, Cachoeira do Sul, Pelotas e Passo Fundo, sempre com temas que atendem às peculiaridades regionais. “As entidades e órgãos trazem demandas que podem contribuir para a competitividade, sustentabilidade e produtividade da região”, disse.
Segundo o diretor, Bagé deveria encerrar as etapas, mas já há pedidos de outras regiões para a realização do evento. Ele conta que, após a realização da atividade, são selecionados assuntos de interesse local e as demandas são encaminhadas para os órgãos que possam dar resolução aos temas.
A gestora de projetos do I-UMA, Karina Barcellos, informou que o circuito acontece desde 2014. Ela destaca que outras cidades demonstram interesse no debate. “Temos solicitações dos municípios de São Borja e Camaquã, mas ainda não há datas definidas”, ressaltou.
Palestras
O evento iniciou com um vídeo institucional sobre o I-Uma. Logo após, o chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Alexandre Varella, realizou a abertura do evento. A primeira palestra foi com Lino Moura, que falou sobre a gestão sustentável na agricultura.
Em seguida, o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Naylor Bastiani Perez, tratou sobre a Integração Lavoura e Pecuária. Ele destacou a transformação que passa a região na produção primária, principalmente com a diversificação da matriz, e falou sobre como a soja pode impactar de forma positiva. “Os sistemas integrados também asseguram uma maior estabilidade econômica, aliando atividades de maior e menor risco, com ciclos produtivos distintos e oscilações de preço próprias”, disse.
O terceiro tema foi abordado pelo diretor técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos (Arco), Edegar Franco. Sua palestra apresentou dados sobre a organização da cadeia da ovinocultura no Rio grande do Sul. Franco disse que o grande desafio para o crescimento e o fortalecimento da ovinocultura gaúcha é trabalhar a organização da cadeia produtiva que conta com, aproximadamente, 51 mil produtores e um rebanho de 3,6 milhões cabeças.