Editorial
Reforço na segurança
As fronteiras devem ganhar nova atenção das Forças Armadas a partir da próxima semana. Uma série de operações conjuntas devem ser desencadeadas, ao longo de outubro, para reprimir a ação de criminosos. As ações, que contarão com o apoio de órgãos como a Polícia Federal e a Receita Federal, têm como focos o combate ao contrabando, ao tráfico de armas e de drogas. Um esforço necessário, que precisa ser reconhecido, principalmente em um contexto de contenção.
O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, almirante Ademir Sobrinho, declarou à Agência Brasil, na sexta-feira, inclusive, que "a vigilância das fronteiras nunca foi deixada de lado, mas com o contingenciamento de recursos em razão da crise financeira que afetou as contas públicas, foi necessário reduzir a intensidade das operações". Entre janeiro e o começo de setembro, aliás, de acordo com o Exército, foram deflagradas 145 ações, empregando um total de 10.906 soldados.
A Operação Ágata, que é desenvolvida na região, passa por uma reformulação, em um processo iniciado em novembro do ano passado, por conta da criação do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras. A opção pelo novo modelo, que substitui o antigo Programa Estratégico de Fronteiras (PEF), conforme define o próprio almirante, estabelece um cronograma de operações surpresas. Esse fator é decisivo para o processo, principalmente em um cenário de racionalização de recursos.