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Opinião

Ecoarte na primavera dos museus

Publicada em 09/10/2017

Cumpre o Ecoarte 30 anos de existência neste setembro; e na bela fortaleza de memórias do museu Dom Diogo de Souza suas competentes gestoras, Maria Luísa Pegas e Carmen Barros, fizeram de sua celebração um ato que podemos definir como uma obra de arte de beleza e amor. Foram ali alcançados, com o mais sutil esmero, os registros visuais em fotos, textos e objetos de sentido de uma longa trajetória de lutas e conquistas. Presentes neles os luminosos companheiros que fizeram parte dela e que já não estão aqui. Desde Tarciso Taborda, Wayne, Raquel Backman, Nilo Romero, Átilla Siqueira, Teresa Not, Edy Vinhas, Henrique Nunes e outros

O Ecoarte é um  dos projetos de Extensão e Pesquisa da Universidade da Região da Campanha (Urcamp) que deu certo. Permaneceu mesmo tendo sido fechado o Cenarte,onde nasceu, tendo como parceiro o Cultura Sul (comunidade). Porque trabalhou com a verdade, porque, para ele, a terra é um organismo vivo com falas e demandas, porque para ele a cidade é um tecido de afetos e memórias e tem clamores, porque a sociedade é nosso próprio corpo pedindo dignidade, porque o ser humano é um ser  marcado por um destino maior de solidariedade cósmica e histórica. Permanece como um marco de um projeto de ecologia ampla (física, cultural e espiritual) fundamentado numa adiantada visão integradora e com base constitucional. Ajudou a  descobrir a essência do lugar onde pisamos. Entregou a Bagé seu próprio rosto descoberto e valorizado, em seu potencial de fertilidade e beleza e em seus vazios e urgências. Dimensionou o poder da arte como canal de cidadania e a ciência como suporte de harmonia. Defendeu a preservação como desenvolvimento, a articulação entre a sabedoria da terra e a tecnologia, apontou projetos urbanos inteligentes com o equilíbrios entre o novo e o histórico. O capital simbólico dessa cidade diferenciada e seu potencial financeiro turístico foram sinalizados. E o o diálogo entre tempos sempre defendido. Para as novas gerações, cuidou da alma de nossas paisagens. Fomos ensinados e apreendemos tudo aquilo que mancha o  processo civilizatório, desde, a fome, a falta de saneamento, as desigualdades, as injustiças sociais, equívocos culturais e tudo sobre o progresso predador. Fugimos sempre do partidarismo para manter uma visão política liberta e crítica.

Como um rio, deixamos que nossos sonhos de justiça com todos os seres, irrigassem os campos, os rios, as ruas, as árvores, os cenários, das cidades, encharcassem as escolas, as universidades e os clamores acordassem o poder público. Hoje, somos reconhecidos como uma entidade de utilidade pública.

Conquistamos mecanismos políticos e Conselhos que representaram a voz da comunidade e fortaleceram a democracia, sensibilizamos o Ministério Público. Os sonhos do Ecoarte são os sonhos da  civilização, da evolução, os sonhos de Deus. Da harmonia, do respeito nas relações, do verdadeiro desenvolvimento sustentável, da justiça para com todos os seres (O papa Francisco veio confirmá-los em suas últimas encíclicas). Hoje, temos representações em vários movimentos. Estamos ramificados.

Vigiem. A violação dessa consciência plantada aqui não se fará sem culpa e será cobrada historicamente como somos cobrados pelo que deixamos se perder. Começamos numa longínqua primavera dos anos de 1987. Estamos vivos porque falamos em nome dos que não têm voz e da voz dos que virão. Hoje, Adriane Alves o preside dando sequência à presidência de Luís Carlos Deibler. E agradecemos ao MINUANO que sempre esteve conosco, como todos os MCS de Bagé, nesse clamor pela vida nesses 30 anos de árduo trabalho em que ela, a vida, esteve presente na plenitude de sua potência e resistência humana.


Elvira Nascimento - integrante do Ecoarte.

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