A partir das 8h de hoje, a Polícia Civil está em greve e com serviços paralisados em todas delegacias. O atendimento se reduzirá apenas aos 30% do efetivo na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) para flagrantes e casos graves, como crimes contra crianças, idosos, crimes contra a vida e da Lei Maria da Penha.
Conforme o diretor do Sindicato dos Inspetores, Escrivães e Investigadores (Ugeirm) na região, Luiz Henrique Lamadril, a assembleia foi realizada na quinta-feira passada, quando foi deliberada a greve. “Como tem o prazo de 72h para avisar o governo, iremos começar nesta segunda-feira. Este já é o 22º mês consecutivo de parcelamento, sendo que até hoje (ontem) não recebemos nenhum valor relativo ao salário de setembro”, ressaltou.
Lamadril acrescenta que a reivindicação também é pela Lei de promoções que não está sendo respeitada, falta de investimentos em Segurança Pública e situação prisional que os servidores consideram calamitosa. “Estamos com presos em delegacias de todo Estado, alguns algemados em viaturas como na região metropolitana, o que é uma situação insustentável”, argumentou o diretor da Ugeirm.
O policial civil informa que a greve tem previsão de se estender até a integralização dos salários, no dia 17 deste mês. “Iremos fazer um ato em frente a DPPA, hoje, para explicar à população o porquê de estarmos em greve. As delegacias estarão fechadas e os policiais paralisados”, disse.