Editorial
Pela valorização do campo
A criação da Política Nacional de Promoção da Qualidade de Vida no Campo, batizada de PAC Rural, abrindo caminho para a recuperação e a construção de infraestrutura para escoamento da produção, avançou na Câmara dos Deputados. Aprovado pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, o projeto apresentado por Zé Silva, do Solidariedade de Minas Gerais, depende, agora, da aprovação da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), Na prática, a medida representa uma justa valorização de um setor crucial para a economia.
A legislação cria o Fundo Nacional para o Desenvolvimento Rural Sustentável para financiar projetos. Áreas específicas terão preferência, a exemplo do saneamento básico rural, da habitação e educação no campo e do fortalecimento de práticas agroecológicas. A criação e operacionalização de cooperativas agrícolas e a recuperação de estradas vicinais também integram a lista de prioridades para a aplicação de recursos decorrentes de acordos celebrados entre órgãos da administração pública e doações, oferecendo uma alternativa de solução para uma demanda histórica.
Os objetivos do PAC Rural também englobam aspectos mais abrangentes, caso do desenvolvimento de práticas agrícolas sustentáveis. Um dos diferenciais está associado à intenção de assegurar a manutenção de direitos sociais, de cidadania e do trabalho. O programa pode representar uma revisão na forma de enfrentamento de uma questão que assombra os produtores. Melhorando a infraestrutura, bem mais do que permitir a evolução na produção, os investimentos podem garantir a permanência dos jovens no campo. É hora de investir, de fato, no futuro da produção primária.