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Cidade

Histórias de um guaraná com sabor bajeense

Publicada em 16/10/2017
Histórias de um guaraná com sabor bajeense | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Rótulos das antigas garrafas trazem inconfundível sabor à memória

Preferência na mesa dos bajeenses durante quatro décadas, o Guaraná Amazonas faz parte da identidade da Rainha da Fronteira. Apesar da fabricação ter encerrado em 1998, por conta de um advento que revolucionou o setor, não raramente a garrafa de vidro marrom é lembrada com carinho na cidade.
O empresário Luís Fernando Dalé cresceu junto à empresa fundada por seu pai, José, e pelo tio, Guilherme, já que nasceu poucos anos após o início das atividades. Além do Brotinho, primeiro produto da empresa Dalé & Irmão Cia. Ltda., ele viu os refrigerantes Amazonas, sabor guaraná, laranja e limão se tornarem os preferidos dos bajeenses e empregando centenas de trabalhadores da cidade.
“Dominávamos o mercado. Contávamos com mais de 30 caminhões diários de entrega, que atendiam as cidades de Uruguaiana, Alegrete, Quaraí, Santana do Livramento, São Gabriel, Lavras do Sul, Pinheiro Machado, Hulha Negra, Candiota, Pelotas, Rio Grande, São Lourenço e Santa Maria”, relembra.
Dalé recorda que quando as garrafas PET começaram a circular, na década de 1990, foi o início do fim para as pequenas indústrias de refrigerante. Isso porque apesar da produção das PET serem mais caras, a logística se tornou mais barata, pois não era necessário o retorno das garrafas para reutilização na empresa. “O declínio das indústrias locais se deve às embalagens, que como não tinham retorno, o custo era menor. Para as empresas do setor, a logística sempre foi mais cara pelo custo do vasilhame e seu retorno para higienização e nova utilização”, disse.
O empresário conta que, na época, o processo de fabricação era tão caro que apenas as gigantes do segmento, como a Coca-Cola e a Pepsi, faziam a distribuição em PET. “Nosso processo de fabricação era automatizado, mas não conseguia produzir tanto quanto grandes empresas e ainda usávamos garrafas de vidro. Por mais de duas décadas fomos líderes de mercado, mas depois a Coca-Cola monopolizou tudo e foram raras as fábricas locais que ela deixou em pé. Nós também não aguentamos a pressão”, lamenta.


Lembranças da infância

Após se tornar um adulto, Dalé se envolveu mais diretamente com os negócios da família. Apesar de atuar mais na área de materiais de construção e construção civil, chegou a passar brevemente pela fábrica de refrigerante. Suas memórias mais vívidas do refresco que vinha na famosa garrafa marrom de vidro são mais pessoais e emocionais.
Vizinho da fábrica de seu pai, ele conta que juntava uma grande turma de amigos em frente à empresa. E ali permaneciam por muito tempo, aguardando o descarte dos refrigerantes que não passavam no controle de qualidade. “Ficávamos ali na frente, só esperando o refugo. Se tinha xarope demais ou se a cor e acidez não estavam adequadas, as garrafas eram descartadas. E eram essas que nós pegávamos para fazer competição de quem bebia mais. Na época, o refrigerante não era uma coisa tão comum quanto é hoje. A gente tinha que esperar aniversários e datas especiais para beber”, relembra.


De consumidor a garoto-propaganda

O músico Alan Quintana, 32 anos, também guarda boas recordações do guaraná Amazonas. Aos cinco anos, ele e um primo foram convidados para ser ‘garotos-propaganda’ da marca, em um comercial gravado em frente às piscinas do Clube Cantegril.
O convite não poderia ser mais acertado, já que Quintana era um fã legítimo da bebida. “Eu me criei bebendo Amazonas, porque nós jogávamos futebol no Grêmio de Subtenentes e no Círculo Militar, e a fábrica era a meia quadra de onde jogávamos. Então, saíamos do jogo e íamos no Dalé, comprar refrigerante. Os jogos eram regados a guaraná. Que guris saudáveis”, brinca.

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