Cidade
Lideranças destacam importância do campo para desenvolvimento regional durante abertura da Expofeira
Milhares de pessoas circularam pelos pavilhões do Parque de Exposições Visconde de Ribeiro Magalhães, da Associação e Sindicato Rural de Bagé, durante a 105ª Expofeira. A cerimônia de abertura oficial aconteceu na tarde de ontem, com a presença de autoridades do município e representações do governo do Estado.
O presidente da Associação Rural, Rodrigo Borba Moglia, destacou que a Expofeira não é uma festa dos produtores, e sim da cidade. Ele ressaltou a importância da participação dos expositores, que têm alto custo com o transporte dos animais e a manutenção durante os dias da feira; tudo para garantir o sucesso da exposição de rústicos mais antiga do País.
Moglia apontou, ainda, a relevância do trabalho em conjunto entre a classe produtiva e as esferas públicas, com o objetivo mútuo de buscar o desenvolvimento. A manutenção das estradas vicinais, imprescindíveis para o transporte da produção, foi um dos temas mais citados, tanto pelo presidente da associação quanto pelo vice-presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira. “A competitividade do Estado depende das condições das estradas”, apontou.
O prefeito de Bagé, Divaldo Lara, do PTB, também destacou a importância da manutenção de boas condições nas estradas do município e detalhou os investimentos que vêm realizando desde que assumiu a gestão, no início deste ano. O tema foi endossado pelo deputado federal Afonso Hamm, do PP, que aproveitou a ocasião para anunciar a pré-candidatura do progressista Luís Carlos Heinze, que também estava presente à cerimônia, ao governo do Estado. O secretário de Transportes do Estado, Pedro Westphalen, representou o governador, José Ivo Sartori, durante a abertura oficial.
Memorial
A cerimônia foi encerrada com a apresentação do Memorial do Gaúcho. A atividade foi idealizada pela Rural Jovem e apresentada para estudantes que participaram das expoaulas desenvolvidas durante a feira. Através da apresentação, foi relembrada toda a história dos gaúchos, desde o surgimento das primeiras atividades relacionadas ao Pampa, realizadas pelos indígenas, passando por importantes fatos históricos do Estado, como a Revolução Farroupilha, Guerra do Paraguai, Revolução Federalista e Revolução de 1923. A cavalo e ostentando trajes típicos de cada época, os atores deram vida às diversas personificações dos gaúchos através dos séculos.
Projeção
De acordo com projeção parcial, ainda não oficializada, até o último remate, realizado na sexta-feira, o faturamento havia sido de aproximadamente R$ 2,7 milhões. O valor deve aumentar e se equiparar com o de 2016 em função do último remate, que será realizado na próxima quarta-feira, dia 18, às 15h.
Concurso de assados
Pela primeira vez, o prato mais tradicional entre a gauchada virou alvo de competição durante a Expofeira. Realizado pela diretoria da Associação Rural, o evento aconteceu na manhã de domingo, no pavilhão de eventos do parque, com o objetivo de valorizar a carne produzida no pampa gaúcho.
O coordenador da atividade, Rafael Macedo, conta que foram disponibilizadas oito vagas para o Concurso de Assadores e todas foram preenchidas. Com o apoio do Programa de Carne Angus e Carne Hereford, os assadores receberam oito costelas, quatro de cada raça.
Os assados mais saborosos foram escolhidos por Ana Doralina, Felipe Azambuja, Joaquim Moraes, Custódio Magalhães e Eduardo Romero. A premiação de Melhor Apresentação do Assado foi ganha pela equipe representando o Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos de Bagé, com o assado feito por Geraldo Almeida, Hector Suñe e Frederico Tavares. O troféu de Melhor Assado de Angus ficou para equipe Nobre Veículos, composta por André Quadros, Vinicios Bacelar e Rudi Nobre.
Já o Melhor Assado Hereford foi entregue à equipe “Lenço e Lança”, composta por Carlos Azambuja Neto, Pedro Suñe e Luís Salles. Os campeões da competição de Hereford contam que chegaram ao parque às 7h30min da manhã para iniciar os preparativos. Uma hora mais tarde, o costelão foi colocado no espeto em cruz, forma escolhida pela equipe para o preparo. E ali permaneceu por três horas assando o lado do osso e mais uma hora assando o lado da carne. Durante todo o tempo, a carne foi regada com salmora preparada com temperos diversos, um dia antes da competição. “Essa técnica de assado com espeto em cruz é tradicional e foi escolhida para o assado lento”, disse Neto.