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Campo e Negócios

Projeto desenvolvido no Sul do Brasil atesta eficiência na pecuária

Publicada em 17/10/2017

A pecuária de corte no Brasil vem investindo em melhoramento genético para alcançar uma maior produtividade do rebanho e o trabalho desenvolvido com genética molecular nos centros de pesquisa tem apresentado resultados importantes. Um projeto da Embrapa Pecuária Sul com a parceria da Conexão Delta G e apoio da Associação Brasileira de Hereford e Braford, e que já se tornou referência mundial, busca, através de marcadores genéticos, desenvolver uma nova tecnologia para a seleção de animais com maior resistência ao carrapato e a outras características de adaptação. O trabalho, que já tem sete anos, também foi publicado em revistas científicas das mais renomadas do mundo e mostrado em conferências. No próximo mês de dezembro, o pesquisador da Embrapa, Fernando Cardoso, participará de uma reunião na Escócia para tratar do tema ao lado de representantes da África, América do Sul e Austrália, regiões mais afetadas pelo carrapato. O presidente do Conselho Técnico da Conexão Delta G, Bernardo Pötter, destaca que esse tipo de trabalho consegue aliar o máximo potencial genético dos animais para características de desempenho, de carcaça e de qualidade de carne com características de adaptação ao meio ambiente de uma maneira muito sustentável. Ele comenta que estão sendo selecionados animais mais eficientes a pasto e, ao mesmo tempo, mais adaptados ao meio ambiente em que vivem. “São animais resistentes a ectoparasitas e também mais resistentes à tristeza parasitária bovina, pois o vetor da doença é o carrapato. E tudo isso sem o uso de químicos e de pesticidas, que é o ideal para uma pecuária eficiente e que quer exportar para os mercados mais exigentes”, salienta.
Cardoso explica que após o sequenciamento de todo o genoma do bovino é possível associar diretamente às variações no genoma, nos marcadores genéticos, a resistência dos animais ao carrapato, assim como as outras características de adaptação que basicamente são o comprimento do pelo e a pigmentação. Ele também informa que durante esses anos de trabalho foi criada uma população de referência com seis mil animais que têm os marcadores genéticos. “Para chegarmos a essa população foram realizadas por técnicos treinados das fazendas integrantes da Conexão Delta G, mais de 15 mil contagens nos bovinos”, salienta.
Conforme o pesquisador, foi o primeiro trabalho realizado neste sentido e hoje os principais touros Hereford e Braford usados em inseminação artificial são avaliados para resistência ao carrapato. Ele ressalta que o trabalho envolveu apenas o Rio Grande do Sul, mas foi feita uma validação da tecnologia no Brasil Central. “Foram escolhidos dois touros mais resistentes e dois mais suscetíveis para inseminar vacas no Brasil Central. Depois contamos os carrapatos nos filhos e ficou comprovada a tecnologia. Os filhos dos animais mais resistentes pegaram praticamente a metade dos carrapatos que os dos mais suscetíveis”, afirma.
Cardoso destaca que o grande diferencial da genômica é o fato de não ser necessário expor o animal ao carrapato para ver o seu valor genético. “Uma vez feito esse trabalho de desenvolver uma população de referência e de associar as diferenças em nível da sequência de letras do código genético, que é o marcador genético, e associá-lo com a resistência ao carrapato, podemos simplesmente pegar a informação do DNA e fazer uma predição do valor genético do animal sem ter que expô-lo ao carrapato. Ou seja, o produtor pode selecionar os animais mais resistentes ao carrapato, mas sem ter o trabalho de contar o ectoparasita e correr o risco do animal morrer de tristeza parasitária por causa do seu excesso”, observa.

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