Cidade
Museu da Gravura Brasileira inaugura exposição em comemoração aos 40 anos de atividade
No dia 21 de outubro de 1977, o Museu da Gravura Brasileira abriu as portas pela primeira vez, às 9h30min da manhã. Neste sábado, exatamente no mesmo horário, a instituição mantida pela Fundação Attila Taborda (FAT) recebe os bajeenses para celebrar as quatro décadas de atividade do primeiro museu dedicado à técnica de gravura do País.
As duas integrantes da comissão gestora dos museus, Carmem Barros e Maria Luíza Pêgas, explicam que a instituição foi idealizada, principalmente, por Carlos Scliar e Tarcísio Taborda. Na época, os integrantes do Grupo de Bagé, Danúbio Gonçalves, Glênio Bianchetti e Glauco Rodrigues, além de Scliar, já haviam obtido renome e lançado luz sobre a arte feita na Rainha da Fronteira e, como um todo, no Rio Grande do Sul. E enxergavam a arte como uma ferramenta de educação e conscientização das futuras gerações, em busca de desenvolvimento e paz. Para eles, as gravuras se destacavam como uma forma de tornar a arte mais acessível à população, já que a partir de uma matriz, era possível reproduzir a obra diversas vezes, tornando-a mais barata e, portanto, de acesso mais fácil.
“Os artistas do grupo saíram da cidade, mas seguiram tendo vínculos fortes com Bagé. Voltavam com frequência. E o trabalho deles foi tão importante que o primeiro Encontro Nacional de Artes Plásticas do País aconteceu aqui, em 1976. Foi nesse evento, que iniciou a articulação para fundação do museu”, aponta Carmem.
Um ano depois, o museu abriu as portas. Hoje, contará novamente com as 20 primeiras obras expostas, durante o lançamento da exposição “Memória e Arte – 40 anos Museu da Gravura Brasileira”. Entre os trabalhos, destacam-se os do próprio Grupo de Bagé, além de Armando Almeida, Anico Herskovits e Vasco Prado. Uma pasta com clipagem histórica sobre o primeiro Encontro de Artistas Plásticos também estará disponível para os visitantes.
Atualmente, o MGB conta com um acervo superior a 1,6 mil obras de arte, tombadas e mantidas sob preservação no Museu Dom Diogo de Souza. O espaço abriga exposições itinerantes. Entre os grandes nomes do rol de artistas preservados no espaço estão obras de Tereza Poester, Francisco Stockinger, Plínio Bernhardt, Edgar Koetz, Carlos Vergara e Trindade Leal. As atividades seguem até o dia 21 de outubro de 2018. Durante esse período, que marca os 40 anos do museu, serão desenvolvidas diversas atividades, como palestras e encontros.
O museu funciona de terça a sexta-feira, das 15h às 20h, na rua Coronel Azambuja, nº18. Excepcionalmente durante a realização do Congrega Urcamp e da Feira das Profissões, o museu funcionará de segunda a sexta-feira, até às 20h, com intervalo das 12h às 14h.