Editorial
Novo indicador
Sancionada pelo presidente da República, Michel Temer, a lei que cria o Produto Interno Verde (PIV) promete uma revisão importante na forma de mensurar a economia. O novo indicador considera recursos naturais, como florestas, águas e fontes de energia. A intenção é calcular as riquezas do País, considerando aspectos cruciais para o futuro, como a biodiversidade. O foco principal está voltado à preservação. A medida representa um passo importante no sentido da valorização das riquezas nacionais.
Em entrevista à Agência Brasil, o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Roberto Olindo, destacou que o PIV fará parte de um extenso sistema macroeconômico de contas do País. A sistemática de avaliação é simples, consistindo, basicamente, na descrição detalhada dos recursos naturais, como florestas, água e fontes de energia, de forma a tornar possível mensurar o impacto das atividades produtivas e do crescimento econômico do País sobre esse patrimônio ecológico.
O IBGE, que será o responsável pela divulgação, ainda não definiu data para o início do trabalho inovador, que representa um marco histórico. Com os indicadores atuais não é possível conhecer os impactos ambientais das distintas atividades econômicas. Com o PIV, esta realidade muda. Ao mensurar o que é consumido anualmente, em termos de recursos naturais, a expectativa é de que ele permita traçar estratégias de desenvolvimento sustentável. Teremos dados mais precisos sobre desmatamentos e o consumo de água.