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Anticoncepcional para cadelas: os benefícios compensam os riscos?

Publicada em 27/10/2017

O uso de anticoncepcionais para cadelas ainda representa um impasse entre tutores e médicos veterinários. Isso porque, para o primeiro grupo, este produto é considerado uma ferramenta de fácil aplicação e financeiramente acessível para evitar que a cadela entre em cio ou desenvolva gestações indesejáveis. Por outro lado, o segundo grupo entende que não existe facilidade ou baixo custo que compense os transtornos provocados por estas drogas. Mas, que transtornos são esses? Para entender, primeiramente é importante conhecer um pouco sobre o ciclo reprodutivo das cadelas. É consenso entre os veterinários e tutores de cães que o cio é um período de transtorno para proprietário e cão, já que a cadela fica inquieta, sangra e atrai a atenção de cães das redondezas. Além disso, as gestações não programadas podem cursar com um aumento do abandono de cães, já que nem todos os filhotes nascidos irão encontrar uma família. Para que possa gestar, a cadela passa por um período reprodutivo, o qual inicia com uma ovulação e se encerra com a próxima. Este período, na cadela, apresenta um intervalo de 6 meses, em média. Antes de ciclar a cadela passa por um período de pausa reprodutiva, chamado anestro, o qual tem duração de aproximadamente 120 dias. Após esta fase, o organismo é preparado para gestar e se inicia a fase de proestro, com duração de 3 a 21 dias, onde a cadela mostra sinais de cio, no entanto, não permite que o macho copule. Na próxima fase, o estro, que pode durar até 6 dias, a fêmea já aceita o macho e já está apta a gestar. Nesta fase, considerado o “cio”, o hormônio que prevalece é o estrógeno. Se houver acasalamento, o período de diestro, que irá ocorrer, vai durar em torno de 60 dias. Neste período, o hormônio progesterona é o principal. Este hormônio é responsável por desenvolver o útero para gestar e as glândulas mamárias para receber os filhotes. Entendendo este processo, podemos falar novamente sobre os anticoncepcionais. Estas drogas são compostos sintéticos à base de progestágenos (substâncias sintéticas que imitam os efeitos da progesterona) e tem por efeito principal “forjar” uma gestação, ou seja, enganar o organismo da cadela para que ele não possa produzir estrógenos, o hormônio do cio. No entanto, o grande problema desta droga está relacionado exatamente a este efeito da progesterona sintética. Como comentado antes, ela desenvolve o útero para a gestação, mas como não existe gestação, o útero se desenvolve, produz secreções e não as consegue eliminar, já que o mesmo hormônio impede as suas contrações. Isto resulta em infecções uterinas graves que podem levar a cadela a óbito, se não percebidas precocemente. Além disso, a progesterona desenvolve a glândula mamária, porém, sem os filhotes, o leite não é produzido e se tem como resultado um desenvolvimento excessivo das mamas, o que resulta em tumores mamários. Além destes distúrbios provocados pelo uso regular do anticoncepcional, ainda temos os problemas induzidos por seu mau uso. Cadelas que recebem o anticoncepcional após serem cobertas, quando já estão gestando, antes da involução uterina ou quando apresentam qualquer doença reprodutiva podem desenvolver sinais ainda mais graves. Então, como evitar o cio e gestação indesejável? A castração, sem dúvida, é a melhor alternativa. Ela evita, além destes problemas, os tumores mamários, infecções uterinas e demais doenças reprodutivas. Se recomenda a castração de fêmeas antes do primeiro cio ou, em cadelas mais velhas, a qualquer idade, desde que a mesma apresente condições cirúrgicas determinadas por um médico veterinário. Quando a opção do proprietário é de utilizar o anticoncepcional ao invés de castrar, este deve estar ciente que, em caso de haver uma destas condições adversas, a cadela acabará por ser encaminhada de qualquer forma para a cirurgia, seja por uma castração para reverter os problemas uterinos ou para remoção dos tumores mamários. Caso ainda exista dúvida sobre o uso destas drogas e seus efeitos adversos, o ideal é conversar com um médico veterinário. 

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