Editorial
Por uma união efetiva
O Acordo de Paris, firmado há dois anos, por 195 países, está em risco. O alerta foi feito, ontem, pela agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para o meio ambiente. A pauta da Conferência Mundial do Clima (COP 23), que ocorre na Alemanha, na próxima semana, deve, portanto, focar no desenvolvimento de novas estratégias. As metas são ousadas, de fato. Mas precisam ser respeitadas.
O grande trunfo do Acordo de Paris está no consenso. Ele representa o reconhecimento coletivo acerca dos riscos oferecidos pelo aquecimento global. Passados dois anos, ficou comprovado que ainda existe pouca disposição para tirar as propostas do papel. Falta bem mais do que vontade política. Gigantes da indústria também deram pouca atenção às prerrogativas assumidas na França.
O investimento em tecnologias limpas representa a principal saída para este cenário. Agentes públicos e privados podem promover uma nova revolução revisando a agenda de prioridades que norteia o processo de ampliação da matriz energética. O carvão, por exemplo, pode ser utilizado para gerar emprego e renda a partir de soluções ambientalmente mais adequadas. Apenas a união dos esforços poderá viabilizar a limitação do aquecimento do planeta, a principal meta do acordo.