Cidade
Professores mantêm indicativo de greve na região
Na tarde de ontem, professores integrantes do 17º Núcleo do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers) decidiram pela manutenção da greve, enquanto a unidade geral do Estado assim permanecer. A assembleia da categoria, além da avaliação da mobilização, também debateu a contraproposta apresentada pelo governo de José Ivo Sartori, a fim de encerrar a paralisação, que já dura dois meses.
A diretora do 17º Núcleo do Cpers, Delcimar Delabary Vieira, leu a proposta encaminhada pelo Executivo estadual para os presentes. O documento destaca a importância de cumprimento do calendário escolar. Sobre a proposta do Cpers, de recuperar as aulas em março de 2018, após férias de 45 dias a partir de janeiro, o governo se posicionou contrário, alegando que os 45 dias de férias aos quais os professores têm direito não precisam ser necessariamente entre janeiro e fevereiro. Outro ponto destacado no texto do governo estadual é que não haverá punição para grevistas. E, por último, afirma que está em busca de alternativas para acabar com o parcelamento dos salários até o final de dezembro. A representação sindical acredita que no documento não houve nenhuma garantia ou avanço real nas negociações com o Estado que motivem o encerramento da greve.
Delcimar destaca que, atualmente, pouco mais de 30 professores do 17º Núcleo ainda estão paralisados. Segundo ela, a baixa adesão é motivada pela pressão do governo. “Mas quem está em greve, não está lutando apenas por si, e sim pelo todo, por toda a categoria, e vai permanecer paralisado enquanto o governo não apresentar uma proposta melhor”, disse.
O destino da greve deve ser definido amanhã, em assembleia geral, que ocorre em Porto Alegre, no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, a partir das 12h30min. No encontro, cada núcleo irá levar seu indicativo de mobilização da greve e será determinada, de forma conjunta, se a paralisação será encerrada ou continua.
Em Bagé, os professores que não participam da assembleia geral na capital se unem às mobilizações do Dia Nacional de Paralisação, que também acontece amanhã, a partir das 9h30min, na Praça de Esportes. O ato é um protesto contra a Reforma Trabalhista, Lei da Terceirização e Reforma da Previdência e deve reunir representantes de diversos sindicatos locais.