Editorial
Foco na recuperação
O Brasil definiu uma estratégia para conter as emissões de gases do efeito estufa. O Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa, que tem como meta a recuperação da vegetação nativa de, pelo menos, 12 milhões de hectares até 2030, foi apresentado pelo governo federal durante a 23ª Conferência do Clima (COP 23), em Bonn, na Alemanha. A promessa é ousada, mas justa.
A intenção, de acordo com o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, é atuar na ampliação e fortalecimento de medidas para recuperação em áreas degradadas, de baixa produtividade, de preservação permanente e de reserva legal. Com o apoio do setor madeireiro, o governo projeta replantar mais de 10 milhões de hectares de vegetação nativa. Será preciso um esforço conjunto para cumprir o Acordo de Paris.
Uma comissão específica será responsável pela implementação do plano. O desafio é econômico. A proposta poderá ser custeada por meio do Orçamento da União. O apoio de instituições financeiras e fundos públicos, bem como acordos governamentais e com o setor privado, porém, pode ser estratégico, sobretudo em um cenário onde o governo se destaca, especificamente, apenas pelo planejamento.