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Minuano Saúde

Ansiedade

Publicada em 20/11/2017
Ansiedade | Minuano Saúde | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Tratamentos envolvem exercícios

Falar sobre ansiedade, hoje, é falar de um dos transtornos que mais cresce no mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 33% da população mundial sofre de ansiedade.
No Brasil, não é diferente. O País tem a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade do mundo. No total, 18,6 milhões de brasileiros viviam com algum transtorno de ansiedade em 2015.
Primeiramente, precisamos tentar compreender e separar o que é a ansiedade “normal”, aquela que é necessária para vivermos, do que é uma ansiedade patológica. A normal, muitas vezes confundida com um transtorno, é aquele sentimento que nos impulsiona a realizar atividades e que faz com que a gente queira seguir em frente para conquistar nossas metas.
Nesta edição, o psicólogo Marcelo Motta explica o que é esse transtorno e como tratar.

Sintomas e tratamento da ansiedade
“A ansiedade normal é aquela que não nos impossibilita de viver. Que não faz a gente travar. Que não nos impossibilita. Claro que todo tipo de ansiedade merece atenção. Mas como diz uma frase que gosto muito: 'a ansiedade é a irmã histérica da esperança'. O que eu quero dizer com isso é o que sempre digo a meus pacientes com ansiedade que na verdade o ser ansioso é ser um grande esperançoso. E essa esperança é tão grande que acaba se perdendo e virando ansiedade”, informa o psicólogo Marcelo Motta.
O especialista conta que os sintomas sentidos na ansiedade patológica são reais, como suar, tremer, gaguejar, sentir dores no peito ou na cabeça. “Todos sabemos que, uma vez ou outra é completamente normal ter algum desses sintomas, afinal, quem nunca ficou apreensivo para encontrar alguém que já não vê há muito tempo, sair com um pretendente ou quem nunca ficou nervoso por ter algum compromisso importante no dia seguinte e nem conseguiu dormir. Isso é bem comum”, completa.
Motta diz que existem cada vez mais casos, não só no Brasil, como no mundo, que esses sintomas estão tomando conta da vida de uma pessoa. E na maioria dos casos, ela está tão acostumada em sentir essas emoções exageradas que nem percebe que isso se transformou num transtorno.
O profissional destaca que os motivos que desencadeiam o sentimento de ansiedade podem estar relacionados a eventos que ainda vão acontecer, ou podem habitar somente dentro da mente do indivíduo, com a possibilidade de que os fatos nunca venham a ocorrer. “A pessoa ansiosa vive constantemente preocupada com o futuro. O termo preocupação já indica a ação de se pré-ocupar, ou seja, antecipar cargas emocionais que não deveriam ser absorvidas no momento presente”, relata.
A ansiedade já é definida como um dos males do século, pois a sociedade vive permeada pelo sentimento de urgência e as pessoas, em sua autocobrança, estão exauridas de tantas tarefas e informações que devem processar continuamente, acrescenta o psicólogo. “Diante de todas essas questões, é comum o autodiagnóstico. Muitas pessoas se autointitulam como ansiosas, mas nem todas apresentam realmente os transtornos de ansiedade. Medo e ansiedade são reações naturais, fisiológicas, e até benéficas para qualquer ser humano em situações de desconforto, apreensão, expectativa ou dúvida. A ansiedade não deve ser interpretada apenas como vilã. Se considerarmos que ela nos impulsiona para a ação e integra nosso instinto de sobrevivência, vemos que também é um elemento necessário e, por vezes, positivo”, complementa.
O especialista também ressalta que, como as causas dos transtornos de ansiedade podem ser muitas, cada caso é diferente do outro. “O difícil diagnóstico faz com que a medicina comum trate e controle apenas os sintomas com medicamentos fortes e de uso restrito”, informa.
Motta relata que convém falar um pouco sobre o medo. “Apesar de muitas pessoas não entenderem a ligação entre medo e ansiedade, eles estão muito ligados, o medo que algumas pessoas têm de animais, de voar ou de até mesmo de estar em meio a uma multidão. Pode parecer apenas uma simples fobia, mas quando ela se torna exagerada, já cai na categoria de transtornos; você se torna incapaz de fazer mais do que a mente delimita”, explica.
Segundo o psicólogo, a ansiedade ainda pode aparecer em forma de lembranças ruins do passado (um evento traumático, como uma morte ou um assalto, por exemplo), ter lembranças é normal, mas no momento que essa recordação começa a aparecer constantemente e atrapalhar o funcionamento de uma pessoa ela se configura um transtorno de ansiedade. “Não são todas as pessoas que têm a desenvoltura de chegar em alguma festa e conversas com todos, beber, comer sem ao menos sentir que está sendo inconveniente. A autoconsciência começa a se tornar um mal assim que a pessoa se sente tão inconveniente em realizar uma tarefa, que desiste dela, treme, se avermelha, sua”, enfatiza.
O profissional também relata que podem ser citados dezenas de outros sintomas, como: pessoas que vivem em constante pressão na vida, pessoal ou profissional, e querem que tudo saia conforme (ou melhor do que) tinha planejado, pânico, vergonha de sair (ou falar) em público, compulsividade e muitos outros.
“Embora a maioria dos sintomas sejam psicológicos, existem alguns fatores físicos mínimos que, muitas vezes, passam despercebidos, mas que entregam na mesma hora que uma pessoa sofre de algum tipo de transtorno de ansiedade tais como: insônia, roer unhas, tensão muscular, dores musculares, dores no estomago”, completa.


Tratamento

Motta relata que existem diversas alternativas para abrandar os sintomas sem necessidade de intervenção medicamentosa. “É claro que não se pode deixar de procurar um médico assim que o funcionamento da pessoa começar a atrapalhar no dia a dia. A presença de uma psicoterapia é essencial para ajudar a lidar com o problema, pois, muitas vezes, em terapia o paciente tem alguém com quem dividir suas angustias e pensamentos acelerados e isso já faz 50% do processo. Vínculos emocionais e mudanças comportamentais também são meios auxiliares de tratar quadros de ansiedade, considerando que são ações capazes de estimular a produção de importantes neurotransmissores”, explica.
"Uma alimentação equilibrada, rica em vitaminas e aminoácidos, ajuda em muito na melhora, porque contribui para a produção de serotonina, o neurotransmissor responsável por regular o humor, considerado um dos hormônios da felicidade", complementa. “A prática de atividades físicas também contribui positivamente para o tratamento, já que estimula a produção de outro importante neurotransmissor, a endorfina, conhecida por proporcionar relaxamento e bem-estar. A endorfina é considerada um analgésico natural e promove estados de euforia. Além dos exercícios físicos, atividades como cantar, dançar e trabalhar em grupo também favorecem o aumento de endorfinas no organismo e, por consequência, reduzem a sensação de ansiedade. Traçar pequenas metas, atingi-las e comemorar as pequenas conquistas é uma ação comportamental efetiva no tratamento", destaca.
A oxitocina é o último, e talvez o mais importante, neurotransmissor do “quarteto da felicidade” (serotonina, endorfina, dopamina e oxitocina). Esse é o hormônio dos vínculos afetivos, declara o terapeuta. “É fácil identificar a importância dos vínculos emocionais para o desenvolvimento e para a saúde mental do indivíduo. Pessoas que se desenvolvem sem afetividade, ou em relacionamentos fragilizados, têm mais tendência a apresentar desordens emocionais e desajustamento social. Vínculos afetivos seguros e relacionamentos saudáveis contribuem para a manutenção dos níveis de oxitocina. Abraçar, por exemplo, é o método mais simples e prático para elevar a oxitocina no organismo. Um momento de diálogo ou lazer com família e amigos, também pode causar esse efeito positivo, assim como presentear alguém ou receber um gesto de carinho e gentileza. Os vínculos emocionais atuam como reforçadores positivos, por consequência, proporcionam bem estar, segurança e confiança, portanto, são considerados aspectos importantes para o tratamento da ansiedade”, acrescenta o psicólogo.
Outras atividades como yoga, meditação, acupuntura, musicoterapia, reiki e várias outras terapias alternativas são vistas como opções efetivas como tratamento auxiliar em quadros de transtornos de ansiedade, conclui Motta. “Algumas dessas técnicas já tiverem seu efeito comprovado e são indicadas por especialistas, como forma de atenuar os sintomas da ansiedade, bem como estresse e depressão. Porém seja as terapias alternativas ou o uso de medicamentos não devem ocorrer sem a psicoterapia. O acompanhamento psicológico é fundamental no tratamento. Por meio da psicoterapia é possível identificar as causas do problema, estabelecer prognósticos e promover avanços significativos na redução dos sintomas de ansiedade, com base em teorias e técnicas científicas”, diz o especialista.

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