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Festival de Cinema encerra com vencedores que trazem às telas forte debate social

Publicada em 20/11/2017
Festival de Cinema encerra com vencedores que trazem às telas forte debate social | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Prefeito Divaldo Lara entrega homenagem da escritora bajeense Edy Lima ao seu neto, Francisco Guarnieri

A noite de sábado, dedicada à premiação da nona edição do Festival Internacional de Cinema da Fronteira, foi de surpresas e, principalmente, emoção. Além da premiação dos filmes vencedores de 2017, duas importantes homenagens foram realizadas. A primeira, para a premiada escritora bajeense Edy Lima e a segunda, para o crítico de cinema Cid Nader, falecido neste ano, que atuava como curador do festival.
Após quatro dias intensos de atividades, com exibição de curtas e longas-metragens, nacionais e internacionais, e a realização de duas oficinas, o festival encerrou ontem, com premiação dos vencedores e shows com a bajeense Kika Simone e com o guitarrista Frank Jorge.
O diretor artístico do festival, Zeca Brito, destacou que essa edição foi muito afetiva. "Com a perda do Cid, ficamos muito fragilizados e isso nos fez entender o real sentido desse evento, que é proporcionar arte e cultura de forma democrática para todos. Por isso fizemos a edição para ele", diz.
Além da qualidade das produções competidoras deste ano, Brito destacou o retorno das oficinas de cinema como um dos pontos altos do evento. "O festival existe para isso. É para incentivar a produção local, isso é o que nos diferencia de outros festivais. É construído de dentro para fora", comenta.
Sobre os premiados, que exaltaram obras com temática social forte (suicídio juvenil, diversidade sexual e luta pelos direitos sociais), o cineasta destacou: "Em um momento como esse que enfrentamos, de censura e cerceamento de direitos, debater a liberdade e a democracia é necessário. E o festival abre esse espaço, para refletirmos sobre a contemporaneidade dessa luta, que ainda é tão necessária", afirma.
A atriz convidada, Zezita Matos, foi responsável por ministrar a segunda oficina da edição: Do teatro ao cinema. Além de artista e educadora, Zezita é ativista social e usou sua fala para destacar o momento atual pelo qual o Brasil está passando. "Já vivi um momento de retrocesso semelhante a esse, em 1964, e não gostaria de viver tudo  de novo. E é por isso que vale a pena vir de tão longe para espaços como esse do festival, onde a arte é celebrada em um momento em que a educação e a cultura são tão relegadas", define.

Os destaques
O papel social do festival como palco de debates importantes para a sociedade pôde ser visto pelos filmes premiados com o Troféu São Sebastião neste ano. Vencedor de Melhor Filme da Mostra Competitiva Internacional de Longas, Yonlu, de Hique Montanari, levou às telas a história do músico gaúcho, Vinícius Gageiro Marques, ou Yonlu, que se suicidou em 2006, aos 16 anos, sob influência de um grupo pela internet, deixando uma extensa obra fonográfica.
Já na Mostra Regional, quem levou a estatueta foi o curta Bicha Camelô, do cineasta bajeense, Wagner Previtali. Em um misto de ficção e documentário, acompanha a trajetória de aceitação sexual de um jovem homossexual. O diretor não esteve presente à premiação, mas deixou seu recado: "Em um tempo de retrocesso como esse, o cinema é carinho, afeto e resistência", afirma, por meio de nota.
Os avôs do cineasta Francisco Guarnieri renderam a ele momentos de muita emoção. Ele veio à cidade para representar a avó, Edy Lima, escritora bajeense, ganhadora do Prêmio Jabuti, na homenagem feita a ela pelo Festival e Prefeitura de Bagé. Também saiu daqui levando duas estatuetas de reconhecimento a ele e ao outro avô: o Prêmio do Júri Popular e Melhor Direção pelo filme Guarnieri. Na obra, ele retrata a trajetória artística e o engajamento político e social do avô, Gianfrancesco Guarnieri, um dos maiores atores de teatro do País, falecido em 2006. "Eu fiz esse filme de uma forma que ele se comunicasse com as pessoas e o prêmio de Júri Popular carimba isso. Estou muito feliz por todo esse reconhecimento não só a mim, como também a minha família. Desse jeito vou acabar me mudando para Bagé", brinca.

BOX
Mostra Competitiva Internacional de Longas-metragens
- Melhor Filme - Yonlu - O Filme, de Hique Montanari;
- Melhor Direção - Francisco Guarnieri, por "Guarnieri";
- Prêmio do Júri Popular - "Guarnieri", de Francisco Guarnieri;
- Prêmio da Imprensa - "Yonlu";
- Menção Honrosa - Melhor Ator: Armando Babaioff, por "Homem Livre";
- Menção Honrosa - Desenho de Som: Manuel de Andres, por "Açúcar".
Mostra Competitiva Internacional de Curtas-metragens
- Melhor Curta Internacional - Superpina / Filme, de Jean Santos;
- Menções Honrosas - "Manifesto Porongos", de Thiago Köche, e "Yomared", de Lufe Bollini e Mariana Yomared.
Mostra Competitiva Regional
- Melhor Curta Regional - Bicha Camelô, de Wagner Previtali;
- Menções Honrosas - "Encontros", de Carlos Eduardo Gusmão, Thaís Rodrigues e Yuri Ramos, e "Serrinha - Aldeia Kaingang", de Joel Felipe Guindani.

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