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Campo e Negócios

Pesquisadora da Emater/Ascar recebe homenagem

Publicada em 30/11/2017

A médica veterinária e extensionista da Emater/RS-Ascar, Mara Helena Saalfeld, foi homenageada pela pesquisa pioneira na utilização do colostro bovino na alimentação humana, nesta terça-feira, 28, durante o grande Eepediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa. A homenagem foi uma proposição do deputado Ronaldo Santini.
Em 1998, Mara começou a trabalhar como instrutora dos cursos de Inseminação Artificial em Bovinos de Leite no Centro de Treinamento da Emater/RS-Ascar, em Canguçu. Observando a quantidade de colostro que era desprezado, ela começou a estudar formas de armazenar esse colostro, descartado no Brasil desde 1950, por não ter valor comercial. Sem a possibilidade de guardá-lo em freezer, a pesquisadora desenvolveu uma nova forma de armazenamento: em garrafas pets sem refrigeração, como um silo. O excedente do colostro era colocado nas garrafas limpas e secas, bem fechado e armazenado à sombra.
Foi assim que ela descobriu uma forma inédita de armazenar o alimento, que acabou batizando de "silagem de colostro". Mesmo enfrentando resistência, a pesquisadora seguiu recomendando aos produtores de leite que não jogassem o colostro no lixo, mas o engarrafassem e guardassem para uso como substituto do leite. Desse modo, o produtor podia vender mais 250 litros por cada terneira que ele criava na propriedade, alimentando-a com silagem de colostro e vendendo o leite.
No Brasil, cerca de dois bilhões de litros de colostro eram jogados no lixo. Além de desperdiçar esse importante alimento, havia a contaminação do meio ambiente. Cada terneira criada com a silagem de colostro representava um lucro equivalente à venda de mil litros de leite. Em 2007, com a descoberta, Mara ganhou o Prêmio Tecnologia Social, da Fundação Banco do Brasil, Unesco e Petrobras, o que lhe deu a oportunidade de cursar o doutorado em Biotecnologia, na Universidade Federal de Pelotas.
Em 29 de março de 2017, o presidente da República assinou o Decreto nº 9.013 com o novo Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, liberando o uso do colostro no Brasil.
Mara afirma que, depois de 19 difíceis anos de muito estudo e luta, essa foi a concretização de um "Deus me disse" para colocar o colostro na garrafa pet. "Muitas pessoas achavam que não poderia ser alimento. Mas quando a gente acredita e obedece ao chamado, fazendo o bem às pessoas, o reconhecimento um dia chega. E a mudança de uma lei que proibia o uso do colostro durante 65 anos, é a prova disso".
Santini destaca que é necessário dar reconhecimento a quem se dedica a estudar e comprovar cientificamente benefícios à saúde e à economia das pessoas. "Ela batalhou por tantos anos a uma causa nobre que nunca deixou de acreditar, para promover uma alimentação mais saudável, mais renda ao agricultor familiar, sem desperdício".
Para o presidente da Emater/RS, Clair Kuhn, essa é mais uma das "coisas" boas que a instituição promoveu neste ano. "A Mara representa o trabalho dos mais de dois mil empregados da Emater que atuam na promoção de mais renda e bem-estar social aos agricultores familiares. O colostro é muito proteico e promove o desdobramento social para as famílias rurais e econômico para o Estado. Já fomos procurados por indústrias de suplementos alimentares interessados na prática depois da legalização de seu uso na alimentação humana", comentou.
Também prestaram suas homenagens à extensionista Mara e à Emater/RS-Ascar, os deputados Elton Weber (PSB), João Fischer (PP), Pedro Pereira (PSDB), Zé Nunes (PT), Maurício Dziedricki (PTB) e Gabriel Souza (PMDB).

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